Toxicólogos disponíveis para apoiar em casos de intoxicação
Especialistas em toxicologia manifestaram, ontem, total disponibilidade em apoiar a população, as unidades hospitalares e o Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA) sempre que surgirem pacientes com problemas de intoxicação alimentar ou de medicamentos.
A garantia foi feita pelo director do Centro Médico de Atendimento Toxicológico (CEATOX), André Neto, durante uma palestra dirigida aos jornalistas, numa parceria com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos. Apreensivo com a falta de controlo de determinados produtos alimentares e medicamentos que entram no país, o toxicólogo afirmou que alguns casos que acabam em morte, como as 14 vítimas da “caipirinha do azar”, seriam evitados se os protocolos fossem accionados.
Segundo o especialista, está em curso contactos com as autoridades para o fornecimento de uma linha telefónica de atendimento do público e dos serviços de saúde. “Temos o terminal 944189291 disponível para atender a população e os profissionais de saúde”, disse, admitindo que o país tem poucos centros de toxicologia. “E a maioria desconhece a sua existência”, lamentou.
Ao insistir que muitos produtos alimentares consumidos à mesa são cancerígenos e tóxicos, André Neto realçou que o país necessita de legislação, laboratórios e centros antitóxicos.
Segundo a OMS, três a sete por cento das pessoas procuram as unidades hospitalares em consequência de uma intoxicação e alguns morrem por desconhecimento de profissionais clínicos. Dados da OMS revelam que 20 a 25 por cento dos medicamentos, no mundo, são falsificados e, em África, os números atingem 50 por cento.