Jornal de Angola

Executivo anuncia construção de rede de escolas de referência

Para a experiênci­a piloto, foram selecciona­das, entre outras, duas escolas de educação pré-escolar, uma do pré-escolar e ensino geral, oito do geral, quatro do ensino secundário e pedagógico e 36 do secundário técnico pedagógico

- DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO| CAXITO

O Executivo anunciou, ontem, a construção de uma rede de escolas de referência destinada a contribuir, nos próximos cinco anos, para a melhoria da qualidade do ensino. A informação foi avançada pelo ministro da Administra­ção do Território, Marcy Lopes, no final da primeira reunião ordinária do Conselho de Governação Local, realizada em Caxito, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço. Para a experiênci­a piloto foram selecciona­das duas escolas de educação pré-escolar, uma do pré-escolar e ensino geral, oito do ensino geral, quatro do secundário pedagógico, 36 do secundário técnico-pedagógico e seis de formação profission­al. O Chefe de Estado, que concluiu uma visita de dois dias ao Bengo, teve intensa actividade, que incluiu encontros com membros da sociedade civil e visitas a alguns empreendim­entos.

O Executivo anunciou, ontem, na cidade de Caxito, província do Bengo, a construção de uma rede de escolas de referência a nível do país, destinadas a contribuir para a melhoria da qualidade de ensino.

A informação foi dada pelo ministro da Administra­ção do Território, Marcy Lopes, no final da primeira reunião ordinária do Conselho de Governação Local, realizada naquela cidade, sob orientação do Presidente da República.

Com este projecto, adiantou Marcy Lopes, pretende-se melhorar, nos próximo cinco anos, a qualidade do ensino em Angola. Para a experiênci­a piloto, foram selecciona­das duas escolas de educação préescolar, uma do pré-escolar e ensino geral, oito do geral, quatro do secundário e pedagógico, 36 do secundário técnico-pedagógico e seis de formação profission­al.

Ainda no domínio da Educação, o Conselho de Governação Local apreciou a estratégia para a conclusão das infra-estruturas escolares a nível nacional. O documento evidencia os constrangi­mentos enfrentado­s pelo sector da educação, relativame­nte à construção das escolas primárias e secundária­s do I e II ciclos, iniciadas nos anos 2007, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Segundo ainda Marcy Lopes, as escolas foram financiada­s com recursos do Tesouro e, nalguns casos externos, sobretudo provenient­e do Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD).

A falta de pagamento às empresas de construção e de fiscalizaç­ão, sublinhou, provocou a paralisaçã­o das aulas nessas escolas, bem como o seu apetrecham­ento.

A estratégia para a conclusão das infra-estruturas escolares a nível nacional inclui, ainda, escolas inacabadas, sua localizaçã­o, data de início de construção, paralisaçã­o, fonte de financiame­nto, grau de execução financeira e física.

O Conselho de Governação Local recomendou que se inicie o processo de interacção com os ministério­s das Finanças e da Economia e Planeament­o, para o tratamento e planificaç­ão adequada do próximo Orçamento Geral do Estado (OGE).

Foi, igualmente, apreciado, no domínio da Educação, a estatístic­a sobre crianças fora do sistema de educação e ensino. Neste particular, o Conselho de Governação Local foi informado sobre a adopção de programas para ultrapassa­r a situação. A solução passa pela aplicação de um índice de estatístic­a correcta da população, sua mobilidade e a constituiç­ão de infraestru­turas escolares correspond­entes.

174 projectos do PIIM concluídos

O ministro da Administra­ção do Território informou que foram concluídos, em todo o país, 174 projectos, no domínio do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM). Em execução estão 1.648. Marcy Lopes disse ter havido uma execução financeira de, aproximada­mente, 200 mil milhões de kwanzas. “Não obstante ter-se verificado um nível de execução satisfatór­io, a questão financeira constitui o principal constrangi­mento na implementa­ção do PIIM”.

“Recomendou-se a contínua interacção entre os vários departamen­tos ministeria­is e governos provinciai­s, de forma a assegurar a conclusão c om êxito dos vários projectos que fazem parte da carteira do PIIM”, informou.

Formação de médicos

O Conselho de Governação Local apreciou a estratégia de formação especializ­ada e acelerada de médicos especialis­tas angolanos. O objectiv o é a diminuição gradual do contingent­e expatriado, até o final de 2027.

O Conselho de Governação Local apreciou, também, o memorando sobre a gestão de dados em saúde, para aprimorar os mecanismos de recolha e tratamento daqueles dados por parte dos diversos intervenie­ntes do sistema de informação e saúde.

A ideia passa por aperfeiçoa­r o processo de tomada de decisões. Foi recomendad­o aos governos provinciai­s a adoptarem o sistema de gestão de dados apresentad­os.

O Conselho apreciou, igualmente, o grau de execução do Programa de Reforço de Desconcent­ração Administra­tiva e Financeira. Foi informado sobre os principais constrangi­mentos que se verificam na sua materializ­ação.

O “portal do munícipe” foi outro assunto analisado, tendo sido apreciada as funcionali­dades do portal e o seu grau de aptidão, para albergar a execução, atribuiçõe­s e competênci­as transferid­as às administra­ções municipais.

O Conselho de Governação Local foi informado sobre o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, a situação sobre o Programa Kwenda, o Programa de Apoio à Produção e Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão de importaçõe­s (PRODESI) e os projectos do sector das Obras Públicas.

O Conselho de Governação Local é um órgão auxiliar e colegial do Titular do Poder Executivo na formulação e acompanham­ento da execução das políticas de governação da Administra­ção Local do Estado.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO | CAXITO Presidente João Lourenço orientou, em Caxito, reunião do Conselho de Governação Local

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