Número de deslocados no mundo cresceu
anual da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) divulgado ontem aponta que entre aqueles que foram obrigados a fugir do seu país, os sírios continuam a ser o maior contingente, com cerca de 6,8 milhões de deslocados internacionais em resultado da guerra, seguidos pelos palestinianos, com cerca de 5,7 milhões, noticiou a AFP.
Os venezuelanos constituem o terceiro maior grupo, com cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo os números do ACNUR, que também não incluem os deslocados fora da região da América Latina e das Caraíbas.
Afeganistão (2,8 milhões de deslocados internos) e Sul do Sudão (2,2 milhões) são os próximos numa lista que também inclui Myanmar (antiga Birmânia), a República Democrática do Congo, a Somália e o Sudão.
Em termos de países de acolhimento, a Turquia continua a ser o “número um”, com quase quatro milhões de refugiados e requerentes de asilo, a maioria provenientes da Síria.
A Colômbia, com 1,7 milhões de venezuelanos no seu território, é o segundo maior país anfitrião, seguido pela Alemanha, Paquistão, Uganda, Estados Unidos, Peru, Sudão e Líbano.
No relatório observa-se que a grande maioria dos refugiados, quase nove em cada 10, está alojada em países vizinhos de zonas de conflito e sobretudo nações de rendimentos médio e baixo. Em 2020, o número de requerentes de asilo diminuiu drasticamente, com 1,3 milhões, menos um milhão do que no ano anterior, como resultado das restrições de viagem impostas pela pandemia.
Entretanto, o número de pessoas deslocadas internamente aumentou novamente em 2020, para um novo recorde de 48 milhões de pessoas.