Cuito prepara aterro sanitário
Municipal do Cuito desenvolveu um estudo de topografia, a norte da cidade, na comuna do Cunje, para a construção, nos próximos dias, de um aterro para depósito de resíduos sólidos, anunciou o administrador do município.
Abel Guerra Paulo respondia às inquietações da população local, que questiona a falta de um lugar definido para aterro sanitário, o que tem provocado uma poluição ambiental e atentado à saúde pública.
O administrador municipal reconheceu ser imprópria a forma de como é feita a deposição do lixo na zona do Cunje, sem qualquer método de tratamento, o que constitui um eminente perigo para a vida dos moradores.
Questionado sobre a proximidade das residências de moradores, onde são feitas as descargas do lixo, o administrador reconheceu haver culpa moral da Administração, por não ter o cuidado de, a nível contratual, salvaguardar a figura de uma entidade que faça a gestão dos resíduos no local, um quadro para o qual garantiu correcção pontual.
Abel Guerra Paulo salientou que, em parte, está a fazerse concertações com as empresas transportadoras do lixo, com destaque para o horário e o método de descarga dos resíduos, enquanto se aguarda pela construção do aterro.
“Estão definidos estudos com vista à realização do projecto. Já emitimos o croquis de localização, estamos a afinar acções para dar início, em definitivo, à construção do aterro sanitário”, garantiu o administrador municipal.
Abel Guerra Paulo sublinhou que as medidas, ao alcance da Administração Municipal, que concorrem para redução dos riscos à saúde pública já foram tomadas, tendo apontado a vedação do lugar, para impedir que populares tenham acesso à zona do lixo.
“É, pois, verdade que hoje as elevadas dificuldades sociais e econômicas fazem com que várias famílias socorram-se do lixo para a subsistência, contudo, o maior interesse da administração é evitar um colapso sanitário”, disse.
Sem anunciar os valores a serem empregues para a construção do aterro sanitário, o administrador do Cuito ressaltou que as demais responsabilidades merecerão apoios do Governo da província. Abel Guerra Paulo lembrou que o Cuito, cidade com pouco mais de 400 mil habitantes, produz uma média diária de 200 toneladas de lixo, que deve merecer tratamento adequado.