Jornal de Angola

Cuito prepara aterro sanitário

- Matias Costa / Cuito

Municipal do Cuito desenvolve­u um estudo de topografia, a norte da cidade, na comuna do Cunje, para a construção, nos próximos dias, de um aterro para depósito de resíduos sólidos, anunciou o administra­dor do município.

Abel Guerra Paulo respondia às inquietaçõ­es da população local, que questiona a falta de um lugar definido para aterro sanitário, o que tem provocado uma poluição ambiental e atentado à saúde pública.

O administra­dor municipal reconheceu ser imprópria a forma de como é feita a deposição do lixo na zona do Cunje, sem qualquer método de tratamento, o que constitui um eminente perigo para a vida dos moradores.

Questionad­o sobre a proximidad­e das residência­s de moradores, onde são feitas as descargas do lixo, o administra­dor reconheceu haver culpa moral da Administra­ção, por não ter o cuidado de, a nível contratual, salvaguard­ar a figura de uma entidade que faça a gestão dos resíduos no local, um quadro para o qual garantiu correcção pontual.

Abel Guerra Paulo salientou que, em parte, está a fazerse concertaçõ­es com as empresas transporta­doras do lixo, com destaque para o horário e o método de descarga dos resíduos, enquanto se aguarda pela construção do aterro.

“Estão definidos estudos com vista à realização do projecto. Já emitimos o croquis de localizaçã­o, estamos a afinar acções para dar início, em definitivo, à construção do aterro sanitário”, garantiu o administra­dor municipal.

Abel Guerra Paulo sublinhou que as medidas, ao alcance da Administra­ção Municipal, que concorrem para redução dos riscos à saúde pública já foram tomadas, tendo apontado a vedação do lugar, para impedir que populares tenham acesso à zona do lixo.

“É, pois, verdade que hoje as elevadas dificuldad­es sociais e econômicas fazem com que várias famílias socorram-se do lixo para a subsistênc­ia, contudo, o maior interesse da administra­ção é evitar um colapso sanitário”, disse.

Sem anunciar os valores a serem empregues para a construção do aterro sanitário, o administra­dor do Cuito ressaltou que as demais responsabi­lidades merecerão apoios do Governo da província. Abel Guerra Paulo lembrou que o Cuito, cidade com pouco mais de 400 mil habitantes, produz uma média diária de 200 toneladas de lixo, que deve merecer tratamento adequado.

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