Jornal de Angola

Empresa de Águas local há dois meses sem pagar

- Manuel Fontoura/ Ndalatando

A Empresa Provincial de Águas e Saneamento (EPASKN) do Cuanza-norte está há dois meses sem proceder ao pagamento de salários dos seus trabalhado­res, em consequênc­ia do bloqueio das suas contas bancárias, revelou o administra­dor para a Área Comercial da instituiçã­o.

Estêvão Benjamim explicou que o fecho das contas é resultante de uma dívida, no valor de 125 milhões de kwanzas, contraída à Administra­ção Geral Tributária (AGT), instituiçã­o com a qual tem tentado várias negociaçõe­s, mas sem sucesso.

Em função desse bloqueio de contas, disse que a direcção está sem soluções para satisfazer certas exigências dos trabalhado­res, constantes num caderno reivindica­tivo. A par disso, avançou que, nos próximos dias, os funcionári­os ameaçam paralisar as actividade­s, devido à falta de pagamento dos dois salários.

O administra­dor para a Área Comercial da EPASKN referiu que, devido ao problema com a AGT, receia-se, igualmente, a penhora de outros bens da empresa, entre os quais as instalaçõe­s onde a instituiçã­o funciona.

Estêvão Benjamim salientou que, se a situação prevalecer, o abastecime­nto regular de água à cidade de Ndalatando pode ficar comprometi­do, nos próximos dias.

Como uma das soluções para minimizar a crise, o administra­dor aponta a recuperaçã­o de cerca de 12 milhões de kwanzas junto de instituiçõ­es públicas que devem e não pagam o consumo de água há mais de três anos.

“Vamos ser obrigados, agora, a levar a cabo uma campanha de corte. A mesma vai abranger todos os consumidor­es, incluindo as instituiçõ­es públicas, salvaguard­ando os hospitais e escolas”, disse.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro Eugénio Laborinho

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