Bienal da Paz vai exibir o melhor da arte angolana
A ministra de Estado para a Área Social considerou, ontem, em Mbanza Kongo, província do Zaire, que a II Edição da “Bienal da Paz” de Luanda, a realizar-se em Outubro, vai permitir exibir o melhor da arte angolana. Carolina Cerqueira falava à margem de um encontro com as autoridades tradicionais do Lumbu (tribunal tradicional).
O Chefe de Estado, João Lourenço, disse ter sido “com profunda consternação” que recebeu a “triste notícia” do falecimento do primeiro Presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda, que considera “um dos líderes carismáticos do nosso continente” que esteve à frente dos destinos daquele país vizinho desde a Independência, em 1964, até 1991.
Numa mensagem de condolências pela morte de Kenneth Kaunda, na quinta-feira, por doença, o Presidente João Lourenço destaca que o exestadista teve uma vida dedicada à libertação do povo zambiano, tendo a sua acção estendido-se, também, à região austral de África, onde serviu de medianeiro em vários conflitos.
Lembrou que a Zâmbia integrou os Estados da Linha da Frente contra o regime do Apartheid na África do Sul. “Enquanto Chefe de Estado, o seu país foi a retaguarda dos movimentos de libertação, tendo albergado as suas direcções políticas, os centros de treinamento e bases logísticas”, reconheceu.
“Apesar de ter abandonado a vida política activa, não deixou de intervir, através da sua Fundação, no combate à epidemia de VIHSIDA e em outras frentes humanitárias”, acrescentou.
Para João Lourenço, a perda de Kenneth Kaunda deixa entre os seus simpatizantes, familiares e amigos um grande vazio, pois era reconhecida sua filosofia humanista e solidária. “À família enlutada e ao povo irmão da Zâmbia expressamos as mais sentidas condolências”, conclui a mensagem.
Mensagem da UNITA
O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considera que Angola e os angolanos estão eternamente gratos “pelo amparo que o primeiro Presidente da Zâmbia concedeu a milhares de compatriotas que durante várias décadas fizeram daquele país vizinho a sua segunda pátria”.
Numa mensagem de condolências, Adalberto Júnior destaca, igualmente, o contributo que o estadista zambiano prestou à paz e reconciliação entre os líderes dos então movimentos de libertação nacional, Agostinho Neto (MPLA), Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA).
“O Presidente Kenneth Kaunda parte para outra dimensão da vida numa altura em que o seu país, em particular, e o continente, em geral, enfrentam enormes desafios de prosseguir a obra iniciada pelos percursores do Panafricanismo, em favor do progresso do continente e do bem-estar das suas populações”, escreveu.
A CASA-CE também endereçou uma mensagem de condolências.