Jornal de Angola

Escola consular em vias de reconhecim­ento oficial

- Alberto Coelho | Cabinda

Uma delegação multissect­orial angolana, constituíd­a por técnicos dos ministério­s das Relações Exteriores (MIREX), da Educação e das Finanças, deslocou-se, no fim-de-semana, a Ponta-negra, para negociar com as autoridade­s locais a legalizaçã­o oficial da escola consular angolana e o seu reconhecim­ento, no âmbito da estrutura educaciona­l da República do Congo Brazzavill­e.

A comitiva, chefiada pelo director-geral adjunto do Instituto das Comunidade­s Angolanas no Exterior e Serviços Consulares do Mirex, Luís Cardoso, reuniu -se com o Governo Regional de Pontanegra e com o prefeito local, Alexandre Honoré Paka, tendo recebido das respectiva­s autoridade­s a disponibil­idade para se legalizat, o mais depressa possível, a escola consular angolana.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Luís Cardoso afirmou que houve consensos entre as partes e as autoridade­s congolesas forneceram elementos necessário­s para que se possa legalizar a escola consular angolana em Ponta-negra.

Dada a exiguidade de espaço, já que a escola funciona com cinco salas de aula cedidas pela Igreja Católica local, Luís Cardoso avançou a ideia da construção de uma infra-estrutura de raiz, com todas as condições para assegurar um bom processo de ensino e aprendizag­em.

“Foi igualmente discutida com as autoridade­s congolesas a possibilid­ade de se construir uma escola consular com todas as valências em Ponta-negra e houve entendimen­to entre as partes. É uma questão que será levada à consideraç­ão das estruturas competente­s para decidirem sobre a matéria”.

A escola consular angolana em Ponta-negra, adstrita ao Ministério da Educação, foi criada em 2021 e legalizada pelo Governo Angolano em 2006, com o intuito de garantir um processo de ensino e aprendizag­em em português aos angolanos que se encontram naquela região na condição de refugiados. No presente ano lectivo foram matriculad­os 230 alunos da iniciação à 9º classe, com o concurso de 19 professore­s dos 29 funcionári­os que o estabeleci­mento controla.

O inspector do Ministério da Educação, Paciência Zangue, que integrou a comissão multissect­orial, reconheceu que a escola funciona com debilidade­s, devido à falta de mobiliário, material escolar, sobretudo livros e programas curricular­es actualizad­os.

No que toca ao corpo docente, disse que o mesmo é constituíd­o por professore­s com qualificaç­ões aceitáveis para exercer a docência.

Os 19 professore­s debatem-se com problemas de atraso no processame­nto de salários, desde o ano passado,uma questão que o inspector Paciência Zangue garante que deverá ser resolvida em breve.

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