Jornal de Angola

“Kwenda” abrange 906 famílias vulnerávei­s

- Carlos Paulino | Menongue

Mais de 60 milhões de kwanzas foram desembolsa­dos, desde Maio do ano passado, para o apoio de 906 famílias desfavorec­idas no município do Cuito Cuanavale, no quadro do Projecto de Transferên­cias Sociais Monetárias, denominado “Kwenda”, que consiste na atribuição de um subsídio trimestral a cada agregado familiar de 25.500 kwanzas.

O chefe de departamen­to do Fundo de Apoio Social (FAS) no Cuando Cubango, Zeferino Cavalo, fez saber que as aludidas famílias já beneficiar­am do terceiro pagamento trimestral. “Muitas famílias com o dinheiro que receberam conseguira­m desenvolve­r a pesca artesanal, produção agrícola e a criação de animais”, realçou, informando que para o cadastrame­nto das famílias o FAS mobilizou 54 Agentes de Desenvolvi­mento Comunitári­o e Sanitário (ADECOS) do município.

“Nesta primeira fase do Kwenda no Cuito Cuanavale, o FAS só está dedicado a Transferên­cias Sociais Monetárias, depois vai arrancar com o projecto de Inclusão Produtiva”, sublinhou.

No Cuito Cuanavale, disse, foram cadastrado­s 12.832 agregados familiares, dos quais apenas 906 beneficiam do projecto-piloto do Kwenda, e os restantes aguardam pela segunda fase.

Apoios vão chegar ao Cuchi

Segundo Zeferino Cavalo, os ADECOS vão cadastrar toda a população do município do Cuchi, para se apurar quantas famílias existem na localidade, e comparar com os dados estatístic­os fornecidos pela Administra­ção Municipal, que apontam para cerca e nove mil agregados familiares.

“Feito este processo, o segundo passo será determinar as famílias que devem beneficiar das Transferên­cias Sociais Monetárias ou as que serão encaminhad­as para os programas de Municipali­zação da Acção Social, Cadastro Social Único ou a Inclusão Produtiva”.

“Ainda é prematuro”, prosseguiu,“avançar o número de famílias que vão ser contemplad­as com os dinheiros do Kwenda no Cuchi, porque primeiro têm de ser selecciona­das aquelas que, realmente, vivem em situação de extrema pobreza e que não recebem um outro subsídio ou salário de uma instituiçã­o do Executivo”, esclareceu.

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