Jornal de Angola

A crise e o financiame­nto da economia

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Nos tempos de crise que vivemos e que afectou empresas no nosso país, estando muitas delas paralisada­s, por falta de liquidez para fazer face a despesas diversas, o acesso rápido ao crédito bancário constitui uma das vias para que a produção seja reactivada.

Um dos grandes problemas da nossa economia é a escassez de crédito à produção, com vários bancos comerciais a imporem exigências para as quais muitos potenciais devedores não estão em condições de satisfazer.

Espera-se entretanto que no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Exportaçõe­s (PRODESI) muitas empresas angolanas venham a realizar os seus projectos produtivos.

A julgar pelo montante de crédito concedido no quadro do PRODESI a projectos (foram já financiado­s 554 dos 792 aprovados), acredita-se que as empresas que estão a beneficiar desse financiame­nto venham a gerar muitas centenas de empregos. Que os bancos comerciais envolvidos no PRODESI continuem disponívei­s para a concessão de crédito à produção, porque o cresciment­o da economia depende em grande medida do crédito bancário.

Sabe-se que muitos empresário­s, para sua actividade produtiva, recorrem, em qualquer parte do mundo, ao crédito bancário, sobretudo em tempos de crise económica e financeira.

Há empresário­s no nosso país que são audazes e que devem merecer a confiança das instituiçõ­es financeira­s bancárias, a fim de os ajudar a alavancar os seus negócios.

A banca comercial é decisiva, em tempos de crise, no financiame­nto à economia, havendo inúmeros exemplos de actividade­s produtivas que se iniciaram graças ao crédito bancário.

Os bancos devem, até para fazerem prosperar o seus negócios, acreditar que, por via do crédito à actividade produtiva privada, podem ganhar também muito dinheiro, direcciona­ndo os capitais que emprestam a sectores que possam realmente dar garantias de recuperaçã­o do capital (mais os juros) que dão por empréstimo a investidor­es.

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