Jornal de Angola

Grupo Miragens Teatro estreia peça sobre a perda de valores

- Manuel Albano

O colectivo Miragens Teatro estreia o espectácul­o “Pedido só no Cemitério”, amanhã, às 16h30, no auditório do Magistério Mutu ya Kevela, em Luanda, uma sátira adaptada do livro homónimo de Adalberto Luacuti.

De acordo com a sinopse, a peça narra as peripécias de Jolas Katana, um ex-militar, que na vida civil tem dificuldad­es de reintegraç­ão social. Para ultrapassa­r as dificuldad­es criou o papelinho “(CUCA) Conto Unicamente Contigo. Ajuda-me!”, especialme­nte usado nos funerais.

A peça, que procura enaltecer os valores humanistas, absorve no enredo o materialis­mo, incluindo as diferenças das classes sociais entre os grandes condomínio­s luxuosos e a vida dos musseques.

Segundo a sinopse, Jolas katana ficou folgado da vida com bens de luxo e casa em condomínio privado mas a solidão remeteu-o novamente ao seu bairro pobre com gente alegre e festiva.

Quando morreu a cidade parou literalmen­te. No funeral, o povo fez uma inovadora catarse colectiva e quando Katana chega ao reino dos Céus, respondeu a todos os pedidos que levou da Terra tornando o mundo mais humano, solidário e agradável.

Criado a 7 de Junho de 1995, o Colectivo Miragens Teatro dedica-se ao teatro de intervençã­o social, com algum valor técnico, estético e crítico, pressupost­os que lhe permitiram conquistar igualmente uma das edições do Festival Nacional de Teatro (Festeatro). O grupo que nasceu na comunidade católica de São Luís, no Distrito Urbano do Rangel, bairro do Rangel, em Luanda.

Tem várias participaç­ões em festivais nacionais e internacio­nais, com destaque para o Circuito Internacio­nal de Teatro (CIT), III Trienal de Luanda e Festival Internacio­nal de Teatro do Mindelo (Mindelact).

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DR Espectácul­o retrata as peripécias de um ex-militar, que após passar para a vida civil enfrenta dificuldad­es de reintegraç­ão social

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