Empregues 10 milhões no Miradouro da Lua
O Instituto de Fomento Turístico (Infotur) empregou cerca de 10 milhões de kwanzas na primeira fase de trabalhos de requalificação do Miradouro da Lua, no quadro de uma estratégia de atracção de investidores para a economia nacional, anunciou, sexta-feira, em Luanda, o director daqueles serviços.
Afonso Vita afirmou durante a apresentação do projecto “Juntos e Todos pelo Turismo”, em que a modelo angolana Maria Borges foi consagrada como embaixadora do turismo nacional, que a primeira fase dos trabalhos iniciados em Maio fica concluída em Agosto do ano em curso, com as obras a incidirem sobre a construção de um posto de informação turística, dois balneários, parque de estacionamento e um miradouro onde a paisagem pode ser observada em condições mais privilegiadas, com a inclusão de equipamentos visuais, como telescópios e binóculos.
O responsável manifestou optimismo quanto ao impacto dos trabalhos de melhoria das condições técnicas e administrativas do Miradouro da Lua, elevando a expectativa da abertura daquele ponto à actividade turística nacional e internacional, com medidas de protecção contra a Covid-19.
“Em termos financeiros, o Infotur não está bem, mas os valores que temos arrecadado permitem-nos avançar com esta fase inicial de melhoria das condições para quem for desfrutar da rara beleza daquele recurso natural que deve ser melhor aproveitado e colocado ao serviço da nossa economia”, disse.
O director-geral do Infotur revelou, na ocasião, que está em curso um projecto para a instalação de um zip line (um cabo suspenso) e a compra de um balão gigante para que os turistas possam contemplar o cenário num plano mais amplo, algo que também poderá ser implantado noutros centros turísticos de destaque, tal como na Serra da Leba, bem como nas Quedas de Calandula e Pedras Negras de Pungo-andongo, na Huíla e Malanje, respectivamente.
Afonso Vita adiantou que uma pesquisa feita no mercado permitiu aferir que a compra do zip line deverá custar cerca de 350 mil dólares, ao passo que o balão gigante fica orçado entre 60 e 80 mil dólares, mas os preços podem oscilar devido aos factores da conjuntura económica internacional. “Pela avaliação que fizemos, são valores cujo retorno podemos ter em dois anos, daí que estamos certos de que são equipamentos em que devemos apostar”, frisou.
A fonte revelou que a Direcção do Infotur vai trabalhar com o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) para rever a política de excepção de vistos de entrada, de forma a dar maior abertura aos países cujos cidadãos são potenciais turistas e investidores, algo que até agora não tem correspondido aos interesses do sector. “Não estamos satisfeitos com a lista de países que têm excepçao de vistos, porque o seu critério não teve em conta a probabilidade de se trazerem recursos para o turismo. Neste contexto, vamos procurar trabalhar com o Serviço de Migração e Estrangeiros de maneira a encontrar formas de conceder abertura para aqueles países que nos possam trazer um número elevado de turistas”, concluiu