Jornal de Angola

Explosão de bombas em Beni força encerramen­to de escolas

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As autoridade­s congolesas decretaram, ontem, o encerramen­to das escolas, igrejas e mercados da localidade de Beni, província do Kivu do Norte, por um período de 48 horas. Segundo a AFP, que cita o coronel Narcisse Muteba, administra­dor de Beni, a decisão foi tomada um dia depois de uma séria de explosões que sacudiram a cidade.

O administra­dor militar que foi nomeado no quadro do Estado de Sítio, decretado desde 6 de Maio último, advertiu que não queria ver ajuntament­o de pessoas, e apelou à população para ter calma, aconselhan­do as pessoas que queiram entrar na cidade a fazê-lo com os seus documentos.

Domingo à tarde, um bombista explodiu-se, próximo de um bar, algumas horas depois de uma bomba artesanal ter deflagrado numa igreja, ferindo duas mulheres. Um engenho similar explodiu, sábado, próximo de uma estação de serviços, situada a periferia da cidade sem causar danos. Num comunicado, as Forças Armadas indicaram que o “kamikaze” que se fez explodir domingo à tarde em frente a um bar era de origem ugandesa e muito activo ao lado do seu chefe terrorista e comandante da ADF, conhecido por “Amigo”.

Beni, e seus arredores têm sido alvo dos terrorista­s da ADF filiada ao Estado Islâmico, desde Outubro de 2014. Uma série de massacres cometidos pelos grupos causou, pelo menos, seis mil mortos, desde 2013, revela o episcopado congolês.

Fazem parte do grupo rebeldes muçulmanos ugandeses que se instalaram no Leste da RDC há mais de 25 anos, onde as províncias do Kivu do Norte e do Ituri foram colocados em Estado de Sitio desde 6 de Maio ultimo.

Sem atacar o Uganda, há vários anos, a ADF é considerad­o o mais mortífero dos 122 grupos armandos que semeiam a instabilid­ade militar no Leste da RDC, segundo o Barómetro de segurança do Kivu (KST).

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