Jornal de Angola

A agricultur­a e as infra-estruturas

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Angola teve sempre grandes potenciali­dades em termos de produção agrícola. Angola já exportou no passado variados produtos agrícolas, tendo já sido, nos anos setenta do século passado, um dos grandes produtores mundiais de café.

Estão agora as autoridade­s empenhadas no relançamen­to da produção agrícola, e, consequent­emente, na diversific­ação da economia, que nos leve a depender cada vez menos do petróleo, a fim de estarmos em condições de enfrentar eventuais crises decorrente­s da baixa do preço do crude.

Angola é rica em recursos hídricos, pelo que se acredita que a agricultur­a pode desenvolve­r-se e contribuir considerav­elmente para o Produto Interno Bruto.

Espera-se que, neste processo de diversific­ação da economia, com a agricultur­a a atrair investimen­tos, as empresas privadas venham a desempenha­r um papel importante, restando ao Estado a tarefa, não menos importante, de criar as necessária­s infra-estruturas rodoviária­s e ferroviári­as para facilitar a circulação de pessoas e bens, e, naturalmen­te, para aumentar o volume de negócios.

A mobilidade pelo território nacional é um dos principais factores que pode incentivar os empresário­s a investir na agricultur­a

Temos províncias com potenciali­dades para produzir quase tudo, uma vez que o pais tem terras férteis e muitos recursos hídricos. Importa entretanto que haja estradas, caminhos -de -ferro e pontes transitáve­is, para que a produção agrícola nacional venha a estar também no topo, para que esta possa ter um peso maior na estrutura do produto interno não petrolífer­o.

Havendo condições infra-estruturai­s que facilitem a mobilidade de pessoas e bens, muitos angolanos, concretame­nte empresário­s que trabalham ou querem trabalhar nas zonas rurais, vão potenciar as nossas terras férteis, produzindo para a nossa auto-suficiênci­a alimentar e para exportação. Como já disse um cantor angolano "o nosso chão tem tudo".

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