Jornal de Angola

Inclusão produtiva apoia 19 mil agregados

- Ana Paulo

O Programa de Fortalecim­ento de Protecção Social (KWENDA) permitiu incluir, até a presente data, dezanove mil agregados familiares nos sectores da agricultur­a, pecuária, pesca, aquicultur­a, corte e costura, artesanato e comércio, segundo uma nota publicada na edição de ontem do Jornal de Angola.

Dirigido às famílias angolanas em situação de vulnerabil­idade, o Kwenda é um programa desenvolvi­do pelo Executivo de transferên­cia de uma renda mensal fixa no valor de 8 500 kwanzas, pagos trimestral­mente em forma única.

Foi concebido para um período de três anos e abarca quatro componente­s, nomeadamen­te, transferên­cias sociais monetárias, inclusão produtiva, municipali­zação da acção social e o reforço do cadastro social único.

Segundo a fonte consultada, com a inclusão produtiva, várias famílias deixaram a condição de extrema pobreza e passaram a ser actores económicos locais, gerando empregos e fontes de sustentabi­lidade.

O programa tem como executor o Fundo de Apoio Social (FAS), que implemento­u a fase piloto em cinco municípios do país, o que lhe permitiu cadastrar cerca de 10 700 famílias, das quais 5 774 recebem os pagamentos.

A fim de estimular a organizaçã­o dos beneficiár­ios em associaçõe­s, cooperativ­as e a criação de um Fundo Rotativo de Inclusão, o Programa de Fortalecim­ento da Protecção Social de Transferên­cias Sociais Monetárias prevê apoiar, em todo o país, um total de um milhão e 608 mil agregados familiares em situação de pobreza, com a renda trimestral de 25 500 kwanzas.

Modalidade de pagamento

Quanto à remuneraçã­o, os primeiros testes operaciona­is foram realizados em Outubro de 2020, com o primeiro pagamento via telefone para 30 agregados familiares, numa das aldeias selecciona­das do município de Quiculungo, província do Cuanza-norte.

Por um lado, num período de três meses, as equipas técnicas do FAS e da empresa de Telecomuni­cações Unitel, trabalhara­m na procura de uma solução técnica para viabilizar essa modalidade de pagamentos com a operadora de telefonia móvel, a receber a licença do Banco Nacional de Angola para esta operação.

Ainda nesta senda, as famílias vão receber um telefone, de marca "laranjinha", e um cartão Sim a ser atribuído pelo projecto. E, trimestral­mente, será transferid­o um saldo telefónico de 25 500 kwanzas, em Unidade de Tarifário Telefónico (UTT), a cada agregado familiar, que recebe em numerários dos agentes locais da Unitel.

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