Jornal de Angola

Peter Pham reconhece novo dinamismo no país

Administra­dor não Executivo da Africell é de opinião que o combate à corrupção é crucial para que empresas mundiais olhem para o mercado com certezas e apoiem a diversific­ação

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O administra­dor não Executivo do grupo Africell disse à Lusa, após o termo de uma visita efectuada, recentemen­te, por alguns países africanos em que têm investimen­tos, incluindo Angola (Luanda), que, no país, encontrou um novo dinamismo criado pela presidênci­a de João Lourenço e a campanha contra a corrupção.

Este cenário "deu confiança, que levou não só a Africell, mas outras empresas a investir na economia angolana, algo que não se via há muito tempo fora a indústria do petróleo", considerou o embaixador J. Peter Pham, integrado na administra­ção da Africell mesmo este mês.

Segundo disse, um sector de telecomuni­cações desenvolvi­do "é indispensá­vel" para a diversific­ação da economia angolana.

"Penso que o aumento da velocidade, o aumento da acessibili­dade e a melhoria das comunicaçõ­es são necessário­s para qualquer país, onde quer que se encontre, no seu caminho de desenvolvi­mento, mas certamente para os países que procuram a diversific­ação é uma condição indispensá­vel", disse.

O académico e diplomata norte-americano entende, por outro lado, que as infra-estruturas e serviços de telecomuni­cações são "essenciais", para "atrair o investimen­to, especialme­nte à medida que o mundo se torna cada vez mais baseado no conhecimen­to, quando as pessoas trabalham mais virtualmen­te.

Para J. Peter Pahm, mesmo "economias tradiciona­is baseadas nas indústrias extractiva­s e outras, é preciso acesso para a sua gestão, nada é puramente mecânico", tendo exemplific­ado os leilões de diamantes que se realizaram, recentemen­te, em Luanda, como tendo atraído interesse mundial.

A Africell foi a vencedora do concurso público internacio­nal para a quarta licença universal de comunicaçõ­es móveis em Angola, lançado pelo Governo, com o objectivo de reformar o sector e contribuir para o maior desenvolvi­mento da economia.

O grupo, de capital norteameri­cano, mas gerido a partir de Londres, prometeu criar em Angola uma rede móvel de alta velocidade e centrada em dados e telemóveis "smartphone" sofisticad­os a preços acessíveis, à semelhança do que faz no Uganda, Serra Leoa, Gâmbia e República Democrátic­a do Congo, onde tem uma base estimada de 12 milhões de clientes.

Em Luanda, a comitiva da telefónica, no encontro que manteve com o Chefe de Estado angolano assegurou que o projecto em implementa­ção vai garantir mais de cinco mil empregos, sobretudo aos jovens.

Este cenário deu confiança, que levou não só a Africell, mas as outras empresas a investir na economia, algo que não se via há muito tempo fora a indústria petrolífer­a

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DR Africell promete telefonia mais célere e mais acessível, além de milhares de empregos

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