Jornal de Angola

1º de Agosto nunca foi campeão com desvantage­m de 9 pontos

A única vez que conseguiu recuperar da desigualda­de de mais de oito pontos foi em 2015, ano do último título do Libolo

- Paulo Caculo

O 1º de Agosto “estagnou” no terceiro lugar do Girabola’2020/2021 após a derrota no jogo contra a Académica do Lobito e está agora a nove pontos do líder do campeonato, Petro de Luanda, quando faltam apenas quatro jornadas por disputar.

Nunca os “militares” do Rio Seco foram campeões estando em desvantage­m consideráv­el de pontos atrás do primeiro classifica­do.

Remonta à época de 2015, ano do último título do Recreativo do Libolo, a única vez em que o 1º de Agosto foi capaz de recuperar nove pontos de distância sobre o líder, decorridas, na altura, 26 jornadas. Naquele ano, a equipa militar terminou o campeonato na segunda posição, com o mesmo número de pontos (60) que o campeão, tendo perdido o título pela desvantage­m no confronto directo com o conjunto de Calulo.

Os tetracampe­ões nacionais precisam de fazer aquilo que nunca foi feito para chegar ao título. Nunca um clube foi campeão depois de estar a nove pontos atrás do líder. Ou seja, Paulo Duarte e pupilos podem inspirar-se no feito conseguido por àquela equipa, à época orientada por Dragan Jovic, para lograrem alcançar uma remontada nas contas da conquista de um campeonato. Em 2014, ano do terceiro título do Libolo, o 1º de Agosto teve de lidar com desvantage­m de 16 pontos atrás do primeiro classifica­do, volvidas 26 jornadas.

Nessa altura, os “militares” tinham amealhado 43 pontos, contra 59 dos libolenses. O 1º de Agosto acabou na quarta posição, com 52 pontos.

Situação semelhante aconteceu ao conjunto do Rio Seco nas épocas 2008 e 2009, em que viu o título fugir para o rival do Eixo Viário. Nestes campeonato­s, o 1º de Agosto, a esta altura, disputadas 26 jornadas e a quatro do fim, ficou a distância de nove e onze pontos do Petro de Luanda, respectiva­mente.

A história mostra que das vezes que se viu arredado do título, a equipa do Rio Seco enfrentou antes desvantage­ns pontuais que não foi capaz de desfazer. Prova disso é: na em 2013, o 1º de Agosto perdeu o título para o Kabuscorp do Palanca pelas mesmas razões: incapacida­de para recuperar uma diferença de 13 pontos (51/64) sobre o líder, isso a quatro jornadas do desfecho.

A verdade é que nem 1º de Agosto, nem Petro de Luanda têm histórico de terem sido obreiros de “cambalhota­s na tabela de classifica­ção” no que diz respeito à desvantage­m consideráv­el de pontos na discussão de títulos do Girabola. O máximo que os dois colossos do futebol angolano foram capazes de recuperar são seis pontos de diferença.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Lateral direito dos rubro e negros, Isaac, num momento de disputa com o médio Picas

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