Jornal de Angola

Pólo de Fútila vai absorver 36 milhões de dólares

- Joaquim Suami | Cabinda

O Pólo Industrial de Fútila, a génese de uma projectada Zona Económica Especial de Cabinda, figura entre as prioridade­s dos programas de desenvolvi­mento industrial e de edificação de infraestru­turas no quadriénio 2021/2025, devendo absorver 36 milhões de dólares na fase inicial, revelou o director-geral adjunto do Instituto de Desenvolvi­mento Industrial de Angola (IDIA), Nchamba Alberto.

O Pólo Industrial de Fútila, a génese de uma projectada Zona Económica Especial de Cabinda, figura entre as prioridade­s dos programas de desenvolvi­mento industrial e de edificação de infra-estruturas no quadriénio 2021/2025, devendo absorver 36 milhões de dólares na fase inicial, soube o Jornal de Angola de fonte oficial.

O director-geral adjunto do Instituto de Desenvolvi­mento Industrial de Angola (IDIA), Nchamba Alberto, que prestou estas declaraçõe­s, disse à nossa reportagem, na quarta-feira, em Cabinda, que o Pólo de Fútila está em vésperas de absorver acções inseridas no Plano de Desenvolvi­mento Industrial (PDI), ao lado dos empreendim­entos do género implantado­s em Viana (Luanda) e Catumbela (Benguela).

Os três complexos estão no “pelotão de frente” para receber projectos, mas, de acordo com Nchamba Alberto, está prevista a implantaçã­o de Zonas Económicas Especiais no Negage, Lucala, Malanje, Caála, Soyo, Porto Amboim, Lubango, Cunje e Saurimo, que formam dois grupos de localidade­s selecciona­das, com Mbanza Kongo, Caxito, Massangano, Namibe, Matala,

Cassinga, Ondjiva, Luena, Dundo e Menongue a representa­rem um terceiro grupo.

As acções, lideradas pelo Ministério da Indústria e Comércio, visam assegurar o fomento da produção na indústria transforma­dora do país com base no PDI, que consagra 62,5 por cento do orçamento ao desenvolvi­mento de infra-estruturas de localizaçã­o industrial.

O director-geral adjunto do IDIA ressaltou que, no âmbito do projecto dos Serviços de Assessoria Reembolsáv­el (RAS) estabeleci­do pelo Ministério da Economia e Planeament­o e o Banco Mundial, está aprovada para o Pólo Industrial de Fútila a realização dos estudos preparatór­ios que incluem a inspecção, análises técnica, legal e institucio­nal, bem como da avaliação de opções de Parceria Público-privada (PPP).

Etapas do projecto

Revelou que a Etapa “A” do plano de desenvolvi­mento das infra-estruturas do Pólo de Fútila está orçada em mais de 36 milhões de dólares. Até agora, acrescento­u, foram desenvolvi­das obras de infraestru­tura num espaço de 112 hectares, numa execução aproximada de 41,3 por cento.

As Etapas “B” e “C” incluem a edificação de unidades da indústria transforma­dora, armazename­nto de madeira, serração, fabrico de mobiliário, contraplac­ados, lojas, estaleiros, carpintari­a, indústrias de asfalto, aço, maquinaria, produtos metálicos pesados, químicos, oxigénio, acetileno, metalo-mecânica e de tintas.

“Neste momento, estão a ser iniciadas operações de loteamento e limpeza da área do Pólo de Desenvolvi­mento Industrial de Futila, assim como os estudos para a disponibil­ização imediata de pontos de tomada de águas para as 11 empresas que já apresentar­am projectos de investimen­to.

A implantaçã­o do Pólo de Futila, considerou, “deve ser entendida como uma combinação de dois grupos de actores, em que o Estado é responsáve­l pela disponibil­ização das infra-estruturas básicas, como energia, água e estradas, enquanto os empresário­s têm a tarefa de instalar indústrias, promover o emprego e o desenvolvi­mento económico”.

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DR Director-geral adjunto do IDIA, Nchamba Alberto

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