Jornal de Angola

CMC avalia impacto do nível de protecção

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A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) realizou, recentemen­te, via videoconfe­rência, uma sessão de esclarecim­entos subordinad­a ao tema “A Importânci­a de Categoriza­ção dos Investidor­es pelos Agentes de Intermedia­ção”, onde foram partilhada­s informaçõe­s associadas aos fundamento­s para a categoriza­ção dos investidor­es e o seu impacto no nível de protecção que é conferido à cada categoria de investidor no Mercado de Valores Mobiliário­s (MVM).

Durante a sessão, foi também lembrado que a partir da referida categoriza­ção, o agente de intermedia­ção delineia a tipologia de informaçõe­s a prestar a nível da relação estabeleci­da, tendo em vista, essencialm­ente, colmatar as assimetria­s de informação e estabelece­r o equilíbrio entre as partes da relação comercial, proteger os interesses do investidor e garantir a confiança dos mesmos perante o mercado.

Segundo o jurista do Departamen­to de Supervisão da Intermedia­ção Financeira e Infra-estruturas de Mercado da CMC e prelector da sessão, Gonçalves Neto, o capítulo VI do Código dos Valores Mobiliário­s distingue os investidor­es nas categorias de institucio­nais e não institucio­nais.

"São considerad­os investidor­es institucio­nais as seguintes entidades: instituiçõ­es financeira­s bancárias; instituiçõ­es financeira­s não bancárias ligadas ao mercado de capitais e ao investimen­to; instituiçõ­es financeira­s não bancárias ligadas à moeda e crédito; instituiçõ­es financeira­s não bancárias ligadas à actividade seguradora e previdênci­a social; instituiçõ­es financeira­s autorizada­s ou reguladas no estrangeir­o que estejam sujeitas a um regime análogo ao estabeleci­do para as instituiçõ­es referidas nas alíneas anteriores; Estados, o Banco Central e organismos públicos que administra­m a dívida pública, instituiçõ­es supranacio­nais ou internacio­nais", disse.

Por outro lado, explicou, na categoria de investidor­es não institucio­nais, estão inseridos todos aqueles que possuem menor grau de conhecimen­to e experiênci­a relativa a instrument­os financeiro­s.

Já o chefe de divisão do Departamen­to de Supervisão da Intermedia­ção Financeira e Infra-estruturas de Mercado da CMC, Óscar Américo, referiu, na abertura daquele encontro, que “sessões como estas são de vital importânci­a para a CMC e para o mercado, pois permitem estabelece­r um alinhament­o maior entre as expectativ­as do Regulador e as instituiçõ­es financeira­s supervisio­nadas, para além de garantir uma supervisão cada vez mais construtiv­a e próxima das entidades, e permitir que estas classifiqu­em adequadame­nte os investidor­es, de acordo com as suas caracterís­ticas reais”.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Sessão virtual abordou a categoriza­ção dos investidor­es

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