Candidaturas concentram actividades nas ruas da capital
Aproximadamente uma semana das eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe, o centro da capital, junto ao mercado municipal, é o local onde se concentram as campanhas, entre venda ambulante e propaganda eleitoral, ao som de música ensurdecedora.
Dezenas de pequenas bandeiras penduradas em postes e árvores, cartazes com a cara do candidato colados em vedações e árvores ‘marcam’ o espaço da candidatura. E as inevitáveis colunas, a emitir músicas com decibéis demasiado elevados. Junto a estes locais, concentram-se algumas pessoas.
Guilherme Posser da Costa (MLSTP, no poder), mas principalmente Carlos Vila Nova e Delfim Neves, são os candidatos mais visíveis, com os seus espaços intercalados com bancas de venda de todo o tipo de produtos, desde alimentos a roupa, ao longo de algumas centenas de metros à beira da estrada.
Dois jovens afirmam-se convictos que o próximo Presidente de São Tomé e Príncipe será Delfim Neves, porque é o que, dizem, distribui mais materiais.
“Ele dá ‘bué’ t-shirts”, diz um deles, enquanto o amigo complementa: “E bonés, t-shirts”. Depois de um silêncio, o primeiro atira: “Mas nós vamos votar no candidato do nosso partido, o ADI. Vila Nova é o garante do nosso futuro. É o que os nossos mais velhos aconselham”.
No resto da cidade, a maior animação sente-se nos momentos que antecedem a passagem de alguma campanha.
O silêncio das ruas, quase sempre vazias, apenas é interrompido pelas carrinhas de caixa aberta que transportam vários apoiantes e gigantescas colunas de som, espalhando os sons das campanhas.
Mas o apoio também surge em motociclos, com bandeiras com as caras dos candidatos penduradas atrás.
Das ruas às conversas privadas, a campanha eleitoral está por todo o lado.
Um taxista não esconde a sua preferência: à frente e atrás no carro tem a imagem de Posser da Costa, que acredita ser o único candidato com perfil adequado para o cargo presidencial.
No próximo dia 18, um total de 19 candidatos disputam a eleição para o ‘Palácio Corde-rosa’, sucedendo a Evaristo Carvalho, que não se recandidata ao cargo.