Protestos pró-zuma provocam um morto
Um indivíduo de 40 anos foi alvejado mortalmente a tiro, em Joanesburgo, durante violentos protestos de apoio ao ex-presidente Jacob Zuma que afectam várias áreas da capital económica do país, confirmou, ontem, uma porta-voz da Polícia sulafricana à Lusa.
A porta-voz policial adiantou que as autoridades estão a investigar as circunstâncias da morte enquanto se alastravam os violentos protestos à província de Gauteng, província envolvente a Joanesburgo.
A Polícia sul-africana disse ter usado granadas de atordoamento e balas de borracha para fazer dispersar os violentos protestos de apoio ao ex-presidente Jacob Zuma em várias áreas de Joanesburgo.
A violência pública, intimidação, roubos e pilhagens, alegadamente por simpatizantes do Congresso Nacional Africano (ANC), aliados do antigo Chefe de Estado, afectam várias áreas industriais e residenciais, segundo as autoridades sul-africanas.
“Os acessos da autoestrada M2 ao Sul de Joanesburgo e ao mercado de abastecimento de frescos à cidade, na área de Denver, também no Sul da cidade, estavam bloqueados até à tarde de ontem, vários veículos foram alvejados a tiro durante o período da manhã.
Os motoristas foram alertados na manhã para a continuidade das acções de pilhagem, vandalismo e queima de pneus na auto-estrada nacional N3, que liga Joanesburgo e Durban, depois de mais uma noite de protestos violentos.
Desde sexta-feira, foram incendiados mais de 25 veículos pesados de transporte de mercadorias, segundo a autoridade concessionária.
Em comunicado, o Comando Nacional Conjunto Operacional e de Inteligência (NATJOINTS, na sigla em inglês) da Polícia anunciou na manhã de ontem a detenção de cerca de 62 pessoas em Joanesburgo e na cidade portuária de Durban, província do Kwazulu-natal, vizinha de Moçambique, à medida que as forças de segurança sul-africanas tentavam conter os protestos violentos no país, que começaram por eclodir na quinta-feira no Kwazulu-natal.
Os manifestantes apelam para a libertação imediata do ex-presidente Jacob Zuma, detido na noite de quartafeira depois de ter sido condenando, na semana anterior a 15 meses de prisão por desrespeito a uma ordem do Tribunal Constitucional, a mais alta instância judicial do país.