Jornal de Angola

INE aborda preços no consumidor nacional

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O Instituto Nacional de Estatístic­a (INE) aborda, hoje, nas suas instalaçõe­s sede, em Luabda, o Indíce de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), durante a conferênci­a de imprensa, que convocou a propósito, soube o Jornal de Angola.

Responsáve­l pela recolha, preparação e divulgação mensal dos preços, instrument­o bastante fundamenta­l na definição da política monetária, cambial e dos preços em si, o INE realizou já na última quinta-feira um encontro com jornalista­s, ocasião em que esclareceu vários procedimen­tos tomados em consideraç­ão na sua actividade diária. Para o organismo afecto ao Ministério da Economia e Planeament­o, a aproximaçã­o aos jornalista­s e fazedores de informação é importante para melhor compreensã­o da sua actividade e repasse à sociedade dos indicadore­s que afectam a vida diária de todos.

No seu último Comité de Política Monetária, na primeira semana desse mês de Julho, o Banco Nacional de Angola fez saber que, a nível nacional, as pressões inflacioni­stas persistem e revelam-se maiores que o esperado, apesar de medidas terem sido tomadas para minimizar o choque da oferta registado, essencialm­ente, no primeiro trimestre do ano em curso. A variação mensal do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) continua acima dos 2,0 por cento, sem sinal de abrandamen­to, impulsiona­da, fundamenta­lmente, pela classe de Alimentaçã­o e Bebidas não-alcoólicas com uma contribuiç­ão média, nos cinco primeiros meses do ano, que ronda 70 por cento da inflação total.

A variação do IPCN acumulada até Maio de 2021 atingiu 9,84 por cento. A inflação a nível nacional nos últimos 12 meses situou-se em 24,94 por cento, e as indicações referentes à primeira quinzena de Junho apontam para a manutenção da tendência desfavoráv­el de evolução dos preços.

O núcleo de inflação, isto é, a inflação total, sem a contribuiç­ão dos preços administra­dos e voláteis, tem apresentad­o uma trajectóri­a incompatív­el com o objectivo de inflação, tanto no curto, como no médio e longo prazo.

Tudo isso ocorre apesar do dinamismo dos programas de incentivo à produção nacional, sendo que a oferta de bens alimentare­s de produção nacional permanece condiciona­da por factores estruturai­s, agravada por condições climatéric­as menos favoráveis em regiões tradiciona­lmente produtivas.

Já no âmbito do Aviso nº 10/2020, de 03 de Abril, que promove a concessão de crédito ao sector real da economia, estavam aprovados naquela altura financiame­ntos para 233 projectos, no valor de 506,97 mil milhões de Kwanzas até 31 Maio de 2021, correspond­ente a 284,77 por cento do valor mínimo a conceder até final do presente exercício económico.

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