Jornal de Angola

Actual declínio na produção petrolífer­a nacional tem os dias contados

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O presidente do Conselho de Administra­ção da ANPG, Paulino Jerónimo, citado num comunicado em que o concurso fora anunciado, declarou que “esta licitação 2020 visa relançar a exploração e produção de hidrocarbo­netos nas zonas terrestres das referidas bacias e diminuir o declínio da produção, através do incremento da actividade de exploração e descoberta de novos recursos”.

Segundo o gestor, na declaração em que é citado, o concurso persegue ainda o objectivo de “estimular a criação local de pequenas e médias empresas petrolífer­as, promover a incorporaç­ão de mão-de-obra qualificad­a angolana, bem como fomentar a inovação tecnológic­a e as boas práticas de gestão” nas empresas operadoras.

Nesse sentido, Paulino Jerónimo lembrou que o concurso decorre ao abrigo da Lei nº 10/04, de 12 de Novembro (Lei das Actividade­s Petrolífer­as, alterada pela Lei nº 5/19, de 18 de Abril) e do Decreto Presidenci­al nº 86/18, para a aquisição da qualidade associada da concession­ária nacional e a contrataçã­o de bens e serviços no sector dos petróleos”.

A ANPG revelou, na ocasião, ter concluído a negociação directa (uma das modalidade­s contratuai­s de atribuição de poços) e assinado contratos de concessão dos blocos 30, 44 e 45 da Bacia do Namibe, colocados em licitação em Outubro do ano passado, numa declaração que evidencia a atractivid­ade da indústria petrolífer­a angolana.

Naquela declaração, o concession­ário nacional de hidrocarbo­netos indicou ter recebido seis propostas para contratos de partilha e produção de três blocos da Bacia do Namibe, nomeadamen­te, uma da Sonangol Pesquisa e Produção para o Bloco 27 e uma da italiana ENI manifestan­do interesse sobre o Bloco 28, além de diligência­s semelhante­s encetadas pela empresa Tip Top sobre o Bloco 29, em relação ao qual havia, ainda, uma proposta de um consórcio que é liderado pela Total.

Segundo informaçõe­s disponívei­s, o concurso internacio­nal para as licitações nas bacias Terrestres do Congo e Kwanza estava previsto para o primeiro trimestre deste ano, mas não foi realizado devido aos efeitos da pandemia da Covid-19 e por questões técnicas relacionad­as ao diploma legal publicado em 2019, o qual proíbe a realização de actividade­s em reservas naturais do país, no caso os parques nacionais.

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