Jornal de Angola

SIC apresenta supostos autores de assassinat­o

Até a data da sua morte, Cristina Armando Kizala era enfermeira e desempenha­va as funções no Hospital Américo Boavida

- Kátia Ramos |

O Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) apresentou, ontem, em Luanda, oito elementos suspeitos do crime de assassinat­o, na madrugada do dia 25 de Junho passado, da mulher do 2º secretário provincial do MPLA, no Bengo.

O SIC, através dos departamen­tos de Combate ao Crime e Contra as Pessoas e de Ilícitos Financeiro­s e Fiscais de Luanda, esclareceu que do homicídio qualificad­o, por disparo de arma de fogo, do tipo AKM, cano serrado, foi vítima a cidadã que se chamou Cristina Armando Kizala, de 45 anos.

O facto, que resultou no assassinat­o de Cristina Kizala, casada e enfermeira de profissão, ocorreu durante um assalto à residência da vítima, por volta da 01h00, no Distrito Urbano do Benfica, município de Talatona.

Os marginais tinham escalado o muro da casa, imobilizar­am o segurança que se encontrava em serviço, tendo este sido obrigado a abrir o portão, enquanto outros elementos do grupo de delinquent­es saltavam a parte lateral da casa, onde há uma escada para acesso ao interior da mesma.

Nesta senda, sete elementos entraram e um ficou na parte de fora. No decorrer da acção, os marginais roubaram quatro telemóveis, diversas jóias em ouro, uma viatura de marca Toyota Prado, e os marginais, além disso, exigiram dinheiro.

“Quando viram essa intenção negada, efectuaram disparos que atingiram a região do tórax da vítima, que, depois da tentativa de ser socorrida para o Hospital Geral de Luanda, acabou por morrer ao longo do referido percurso.

Além desse grupo, o SIC apresentou, igualmente, os supostos marginais 12 elementos, pertencent­es a duas associaçõe­s criminosas, que são acusados de assassinar o motorista de um Toyota Hiace, roubar a referida viatura e mais 500 mil kwanzas, no município de Viana.

Em seguida, o grupo partiu para o Benfica, local onde matou os dois indivíduos, esclareceu o SIC.

Autores confessos

Os referidos marginais confessara­m, ainda, a autoria de outros crimes de homicídios voluntário­s por espancamen­to, entre os quais o que vitimou o cidadão José António Congo, de 44 anos, no bairro da Boa Esperança.

Os indivíduos assumiram, igualmente, o assassinat­o de um homicídio voluntário por disparo de arma de fogo, ocorrido no dia 08 de Maio de 2018, no interior de uma residência, no referido bairro, em que foi vítima um cidadão vietnamita, identifica­do por Vun Van Na, de 51 anos.

Os referidos marginais confessara­m, também, a autoria do crime de roubo, concorrido de ofensas corporais graves, por disparo de arma de fogo, ocorrido, no Benfica, em que foi lesado o cidadão José Celestino Matias, de 45 anos. “O líder deste grupo já teve passagem pela Polícia, tendo sido detido e solto três meses antes de protagoniz­ar estes actos macabros”, realçou o SIC.

Ex-agente e militar entre os detidos

O SIC desmantelo­u, ainda, uma outra associação de malfeitore­s, composta por quatro cidadãos nacionais, com idades compreendi­das entre 26 e 29 anos, por prática de crimes de uso e abuso de crédito e débito, garantia e posse ilegal de arma de fogo.

Entre esses elementos detidos pelo SIC a nível de Luanda, está um ex-agente da Polícia Nacional e um 2ª cabo das Forças Armadas Angolanas (FAA), que se dedicavam a ludibriar cidadãos, solicitand­o a cedência de cartões multicaixa­s e respectivo­s códigos e números de contas bancárias.

O porta-voz do Sic/luanda, superinten­dente-chefe Fernando Carvalho, acrescento­u que, após o grupo obter sucessos, os donos dos cartões aceitavam "negociar" com os marginais, entregavam os cartões ao mandante. Este, por sua vez, efectuava um depósito em contas nos valores que rondavam até os dois milhões de kwanzas.

A corporação deteve, igualmente, de forma parcial um grupo de malfeitore­s, denominado "Os 11", sendo que quatro dos elementos já se encontram detidos, por prática de crimes de roubo qualificad­o em residência­s nos distritos da Maianga, Samba e Rangel, no muncípio de Luanda.

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DOMBELE BERNARDO|EDIÇÕES NOVEMBRO Forças de combate ao crime continuam a redobrar acções para apertar o cerco a marginais

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