Museu de Arquitectura vai ser construído em breve
A espaço vai servir para coleccionar uma série de informações sobre a história do país e dos arquitectos, antes, durante e depois da Independência Nacional
Angola vai dispor, nos próximos tempos, de um Museu de Arquitectura, onde serão coleccionados uma série de informações sobre a história do país e dos arquitectos, anunciou sexta-feira, em Luanda, o bastonário da Ordem da referida classe profissional.
Celestino Chitonho, que falava num encontro que reuniu os profissionais, para saudar mais um aniversário da Ordem dos Arquitectos de Angola (OAA), comemorado a 17 de Agosto, disse que, do ponto de vista digital, o projecto já existe, enquanto o físico aguarda por concurso público e aprovação do Executivo, para determinar os custos da construção.
O bastonário explicou que a instituição já está a tratar do espaço para o lançamento do projecto do museu, que vai ajudar a educar as novas gerações e a sociedade, em geral, sobre a arquitectura do País.
“No fundo, será uma espécie de acervo do que é feito, em termos de arquitectura, em Angola, que corresponde o período antes, durante e depois da colonização”, esclareceu Celestino Chitonho.
O arquitecto disse que Angola tem várias províncias e regiões com modos específicos de edificações. Por exemplo, quem frequenta o Planalto de Camabatela, entre Cuanza-norte, Uíge e Malanje, depara-se com construções de blocos de terra que vai ao forno, mas, na zona do Huambo e Bié, esse mesmo material é amassado pelas mulheres, sem ir ao fogo.
“A Ordem quer ter estes modelos arquitectónicos no Museu” disse Celestino Chitonho, que defende a importância das novas gerações de arquitectos conseguirem perceber que tipo de casas são construídas em Angola.
No referido encontro, foi apresentado o endereço electrónico da OAA, que é www.arquitectos.ao, onde qualquer indivíduo que quiser os préstimos de um profissional pode averiguar se está inscrito ou não, tendo em conta a existência de pessoas que exercem arquitectura sem estar legalizado.
“Nós queremos facilitar o cidadão comum e as instituições, para terem noção de quem está ou não inscrito, até porque o exercício da arquitectura sem licença da Ordem é crime e é punível”, alertou Celestino Chitonho.
O bastonário assegurou que, com a apresentação do endereço electrónico, os arquitectos têm mais ferramentas, informações da legislação do sector, interacção a nível internacional e facilidades para inscrever novos membros.
Novo logótipo
Na ocasião, houve, também, o lançamento do novo logótipo da Ordem, que será discutido, em princípio, mas está ainda a ser analisado para futura decisão final sobre o mesmo, apesar da escolha do corpo de júris.
Para os vencedores do prémio do logótipo, Marcos Monteiro e Paulo Reis, de acordo com o segundo, a intenção era propor à direcção da Ordem para a mudança da imagem da instituição que representa os arquitectos.