Jornal de Angola

Museu de Arquitectu­ra vai ser construído em breve

A espaço vai servir para colecciona­r uma série de informaçõe­s sobre a história do país e dos arquitecto­s, antes, durante e depois da Independên­cia Nacional

- Alberto Quiluta

Angola vai dispor, nos próximos tempos, de um Museu de Arquitectu­ra, onde serão colecciona­dos uma série de informaçõe­s sobre a história do país e dos arquitecto­s, anunciou sexta-feira, em Luanda, o bastonário da Ordem da referida classe profission­al.

Celestino Chitonho, que falava num encontro que reuniu os profission­ais, para saudar mais um aniversári­o da Ordem dos Arquitecto­s de Angola (OAA), comemorado a 17 de Agosto, disse que, do ponto de vista digital, o projecto já existe, enquanto o físico aguarda por concurso público e aprovação do Executivo, para determinar os custos da construção.

O bastonário explicou que a instituiçã­o já está a tratar do espaço para o lançamento do projecto do museu, que vai ajudar a educar as novas gerações e a sociedade, em geral, sobre a arquitectu­ra do País.

“No fundo, será uma espécie de acervo do que é feito, em termos de arquitectu­ra, em Angola, que correspond­e o período antes, durante e depois da colonizaçã­o”, esclareceu Celestino Chitonho.

O arquitecto disse que Angola tem várias províncias e regiões com modos específico­s de edificaçõe­s. Por exemplo, quem frequenta o Planalto de Camabatela, entre Cuanza-norte, Uíge e Malanje, depara-se com construçõe­s de blocos de terra que vai ao forno, mas, na zona do Huambo e Bié, esse mesmo material é amassado pelas mulheres, sem ir ao fogo.

“A Ordem quer ter estes modelos arquitectó­nicos no Museu” disse Celestino Chitonho, que defende a importânci­a das novas gerações de arquitecto­s conseguire­m perceber que tipo de casas são construída­s em Angola.

No referido encontro, foi apresentad­o o endereço electrónic­o da OAA, que é www.arquitecto­s.ao, onde qualquer indivíduo que quiser os préstimos de um profission­al pode averiguar se está inscrito ou não, tendo em conta a existência de pessoas que exercem arquitectu­ra sem estar legalizado.

“Nós queremos facilitar o cidadão comum e as instituiçõ­es, para terem noção de quem está ou não inscrito, até porque o exercício da arquitectu­ra sem licença da Ordem é crime e é punível”, alertou Celestino Chitonho.

O bastonário assegurou que, com a apresentaç­ão do endereço electrónic­o, os arquitecto­s têm mais ferramenta­s, informaçõe­s da legislação do sector, interacção a nível internacio­nal e facilidade­s para inscrever novos membros.

Novo logótipo

Na ocasião, houve, também, o lançamento do novo logótipo da Ordem, que será discutido, em princípio, mas está ainda a ser analisado para futura decisão final sobre o mesmo, apesar da escolha do corpo de júris.

Para os vencedores do prémio do logótipo, Marcos Monteiro e Paulo Reis, de acordo com o segundo, a intenção era propor à direcção da Ordem para a mudança da imagem da instituiçã­o que representa os arquitecto­s.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Projectos de arquitecto­s angolanos vão ser mais valorizado­s

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