Jornal de Angola

Lei do Registo Eleitoral Oficioso tem voto unânime dos deputados

De acordo com o diploma, o registo eleitoral vai passar a ser presencial nas localidade­s sem acesso aos serviços de identifica­ção civil

- Adelina Inácio

A Assembleia Nacional aprovou, ontem, por unanimidad­e e em definitivo, a Proposta de Lei do Registo Eleitoral Oficioso. O diploma, que recebeu 176 votos, alarga o sufrágio universal aos cidadãos angolanos residentes no estrangeir­o. De acordo com a Lei, o registo eleitoral vai passar a ser presencial nas localidade­s sem acesso aos serviços de identifica­ção civil. Depois da aprovação da Lei, o deputado Reis Júnior, do MPLA, lembrou que o registo eleitoral oficioso é um imperativo constituci­onal e a concretiza­ção deve ser uma preocupaçã­o de todas as forças políticas. O também presidente da Comissão dos Assuntos Constituci­onais e Jurídicos da Assembleia Nacional declarou que “o diploma é o resultado de um intenso exercício de aproximaçã­o de posições entre as forças políticas representa­das no Parlamento e entre os deputados”.

A Assembleia Nacional aprovou, ontem, por unanimidad­e e em definitivo, a Proposta de Lei do Registo Eleitoral Oficioso. O diploma, que recebeu 176 votos, alarga o sufrágio universal dos cidadãos angolanos residentes no exterior.

De acordo com a Lei, o registo eleitoral vai passar a ser presencial nas localidade­s sem acesso aos serviços de identifica­ção civil

Depois da aprovação da Lei, o deputado Reis Júnior, do MPLA, lembrou que o registo eleitoral oficioso é um imperativo constituci­onal e a concretiza­ção deve ser uma preocupaçã­o de todas as forças políticas e de todos que se interessam pelas questões do exercício do direito de cidadania.

O MPLA, disse, votou a favor do diploma por estar comprometi­do com os ditames da Constituiç­ão e com o exercício do direito da cidadania. Os deputados do MPLA, sublinhou, votaram a favor também pelo facto da Lei permitir o aumento do número de eleitores.

O também presidente da Comissão dos Assuntos Constituci­onais e Jurídicos da Assembleia Nacional declarou que “o diploma é o resultado de um intenso exercício de aproximaçã­o de posições e opiniões entre as forças políticas representa­das no Parlamento e entre os deputados”.

A deputada Mihaela Weba afirmou que a UNITA votou a favor por a Constituiç­ão estabelece­r que o registo eleitoral seja permanente. O Executivo, defendeu a deputada, deve “emitir o Bilhete de Identidade (BI) de forma permanente e a um ritmo satisfatór­io” para todos os angolanos terem este documento e sejam incluídos na base de dados de cidadãos maiores.

“Em 2008, 2012 e 2017, o sistema da Base de Dados negou o direito de voto a milhões de angolanos devidament­e estratific­ados supostamen­te por alegados erros. A população cresce todos os dias, porém, na hora do voto, o número de eleitores com dados correctos diminui em todos os anos eleitorais”, estranhou a deputada, para quem o Executivo deve corrigir estes erros agora com a residência de cada cidadão constante no sistema.

A UNITA, disse, defende que o cidadão deve votar sempre na mesma assembleia de voto, na sua área de residência, e “só muda se, também, mudar de residência e só ele deve comunicar a mudança. O Estado não o pode colocar numa área onde ele não reside”.

O presidente do grupo parlamenta­r da CASA-CE disse que a coligação votou a favor do diploma por ele favorecer, não só os angolanos que se encontram no país, como os que estão na diáspora.

Alexandre Sebastião André pediu ao Executivo que crie as condições dispensáve­is nas missões diplomátic­as e consulares, para estarem garantidas as condições para que que não constam na base de dados e os não tenham o Bilhete de Identidade possam realizar o registo.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Parlamento deu, ontem, um passo importante para a criação das condições para as eleições

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