Investimento inglês é muito bem vindo
Titular das Finanças recebe dignitários britânicos encarregues do pelouro do Comércio interessados numa eventual mobilização de fundos para apoiar programas prioritários do Governo
A ministra das Finanças, Vera Daves, reafirmou a abertura do Governo ao investimento britânico, num encontro realizado em Luanda, na terça-feira, durante o qual dignitários ingleses procuraram perceber que sectores da economia podem absorver financiamentos daquele país europeu.
A ministra da Finanças, Vera Daves, reafirmou a abertura do Governo ao investimento britânico, num encontro realizado em Luanda, na terçafeira,emquedignitáriosdaquele país procuraram perceber que prioridades angolanas podem absorver financiamentos de uma eventual mobilização de fundos liderada pelas autoridades do país europeu.
A informação foi obtida pelo Jornal de Angola da embaixadora britânica, Jessica Hand, depois de a ministra das Finanças ter recebido o enviado especial do Primeiro-ministro britânico para o Comércio com Angola, Laurence Robertson, e o director do Comércio Internacional do Reino Unido, Eden Clayton.
De acordo com a fonte, Laurence Robertson e Eden Clayton procuraram entender as prioridades de Angola, no sentido de criarem as condições para um possível financiamento adicional junto da Agência de Exportação e Fomento do Reino Unido e o que reserva o programa do Ministério das Finanças sobre as alterações climáticas.
A ministra das Finanças garantiu abertura ao investimento britânico no país, no quadro dos laços económicos bilaterais assentes, sobretudo, nos dominios dos petróleos, agricultura, transportes, educação, infra-estruturas e no esforço de erradição de minas terrestres.
As informações obtidas pela nossa reportagem indicam que Vera Daves abordou com a delegação britânica questões ligadas à reestruturação da dívida, a dimensão do sector económico angolano, o planeamento e as perspectivas financeira para o programa conjunto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), bem como o nível de execução do Programa de Privatizações em curso no país.
A embaixadora, que acompanhou a delegação do seu país ao encontro, disse tratar-se de uma visita de constatação que serviu para perceber melhor as prioridades de investimento e os principais desafios de Angola: “queremos abordar as questões dos dois países ao mais alto nível”, afirmou.
O reino unido figura entre os principais parceiros comerciais de Angola, com uma quota de importações de 4,9 por cento em 2020.
Bolsas de estudo
Depois do encontro com a ministra das Finanças, a delegação do Reino Unido reservou o fim da tarde de terça-feira a um acto de despedida de nove bolseiros angolanos que partem, dentro de dias, para aquele país europeu, a fim de frequentarem, durante dois anos, cursos de mestrado em várias especialidades, com destaque para as Engenheiras, Gestão, Saúde e Tecnologia.
“Este acto não é apenas o enviar estudantes, mas acreditamos que, através disso, estaremos a formar líderes que, no seu regresso, vão ajudar o desenvolvimento do país. Queremos que mais angolanos estudem no Reino Unido”, disse a embaixadora Jessica Hand.
De acordo com dados avançados no evento que marcou a despedida, em Luanda, cada bolsa de estudo totalmente patrocinada pelo Governo britânico e parceiros como a petrolófera BP, tem um custo aproximado de 50 mil dólares por estudante. Desde o inicio do programa de envio de estudantes, iniciado em 1983, o número de beneficiários ascende aos 109.