Corrida à imunização
Desde a abertura do posto de vacinação do Município de Belas, no KK5000, nos primeiros dias registaram pouca adesão dos cidadãos, com apenas cerca de 300 doses usadas por dia.
A directora Municipal de Saúde de Belas, Isabel Massocolo, disse que, para contornar essa situação, as pessoas estão a ser mobilizadas pela equipa técnica, que estendeu o cadastramento de forma presencial na Escola do Moco e nas imediações das Bombas da Pumangol, na segunda entrada da Centralidade do Kilamba.
Depois de as pessoas fazerem o cadastramento, a nossa equipa de reportagem constatou que são transportadas até ao posto de vacinação numa carrinha, atribuída pela direcção da Saúde de Belas.
Com esta mobilização, desde o dia 20 de Agosto que o posto já vacinou 3.161 cidadãos, sendo 3.105 com a primeira dose e 56 com a segunda. Nos primeiros dias de vacinação, a frequência no posto era de apenas cerca de 300 pessoas por dia. Mas, desde terça-feira, o número subiu para mais de 500.
A jovem Fernanda Neto, 19 anos, foi apanhar a vacina da primeira dose, ontem, no posto de Belas. Disse que antes estava com desconfiança, por causa dos rumores que ouvia sobre os efeitos colaterais. Mas, ontem, teve coragem para o fazer, porque passou a sentir mais confiança e firmeza, por nunca ter conhecido alguém que faleceu em consequência da vacina.
Fernanda Neto apelou, por isso, aos jovens a aderirem aos postos de vacinação, porque não é apenas o Governo que ganha com o sucesso da operação, a população também sai a ganhar, ao se proteger da Covid-19 e, sobretudo, da morte.
Jussara Marcolino, 21 anos, também foi vacinada ontem com a primeira dose da Astrazeneca. Revelou que, no início, tinha receio e foi mais movida pelo sorteio do dia 31 de Dezembro, que vai oferecer uma viatura a quem já apanhou as duas doses da vacina.
“Não queria ficar doente por causa da vacina. Por isso, tive medo. Mas, depois de apanhar, não senti nenhuma dor. A sensação que tive foi como se não tivesse sido picada com agulha. Espero não ter efeitos colaterais”, pediu.
Depois da experiência, a jovem apela aos cidadãos da sua faixa etária e não só a irem aos postos de vacinação, fundamentalmente, numa altura em que a cerca sanitária de Luanda foi levantada, uma vez que o índice de contaminação pode ser pior.