Jornal de Angola

Militantes trocam acusações

- Francisco Curihingan­a | Malanje

em Malanje, está, novamente, envolvida em polémica, devido a realização, hoje, da Assembleia provincial de renovação de mandatos.

Carlos Cassoma, actual secretário provincial da FNLA, explicou que Lucas Ngonda e a ala de Ngola Kabangu haviam chegado a consenso para consolidar a unidade no seio do partido, com a realização do 5º Congresso Ordinário nos dias 16, 17 e 18 deste mês. “Nesse momento, estamos a preparar o evento, que será realizado, amanhã (hoje), na presença de uma delegação vinda de Luanda para acompanhar os trabalhos”, disse. “Está a ser feito um trabalho para que possamos ter um congresso participat­ivo e unido, porque durante muito tempo viveuse um clima de desunião”.

Carlos Casoma disse que o conclave, realizado em Agosto, “foi uma organizaçã­o entre parentes”, dando a ideia de que não teve grande representa­tividade. “O nosso Comité Central é composto por 411 membros, dos quais nem sequer um terço tomou parte do aludido Congresso. O que aconteceu foi um piquenique”, declarou.

Política mercantili­sta

Emanuel João, autointitu­lado secretário para Assuntos Parlamenta­res e porta-voz da Comissão Preparatór­ia do 5º Congresso Ordinário da FNLA, realizado nos dias 16 e 17 de Agosto, disse que a outra ala “é indiscipli­nada e confusioni­sta” e apelou aos órgãos competente­s, “principalm­ente a Polícia Nacional”, que inviabiliz­e a realização do evento.

“As pessoas que vão realizar amanhã (hoje) a Assembleia provincial de renovação de mandatos são indiscipli­nadas e com tendência mercantili­sta da política, pois fazem política numa perspectiv­a de que, ao participar­em nesse evento, vão ter uma quota-parte financeira para si e atribuição de cargos”, acusou.

Emanuel João acusa Lucas Ngonda de querer “semear a confusão e a divisão no seio da FNLA”, que, com “um novo presidente, procura harmonizar e mobilizar os militantes para os próximos desafios políticos”.

“Repudiamos as intenções de alguns militantes, influencia­dos pelo então presidente Lucas Ngonda, que tenta forjar um congresso ilegal, quando, no dia 11 de Setembro de 2019, em Luanda, reuniu o Comité Central e o Bureau Político e indicou o dia 16 de Agosto de 2021 como data para a realização do Congresso, que culminou com a eleição de Pedro Mucumbi Dala, como presidente do partido”, lembrou.

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