Jornal de Angola

Estado de alerta renovado por mais 30 dias

Na semana passada, o ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Edgar Neves, disse que o Governo do arquipélag­o estava “imensament­e preocupado” com o “aumento exponencia­l de casos” de Covid-19 no país, que dão “sinais de uma terceira vaga”

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São Tomé e Príncipe vai manter o estado de alerta durante o mês de Setembro, face ao “cresciment­o acentuado de casos” de Covid-19 nas últimas semanas, justificad­o pelo Governo com as férias e a campanha eleitoral.

O ministro da Presidênci­a do Conselho de Ministros, Comunicaçã­o Social e Novas Tecnologia­s, Wando Castro, anunciou, terça-feira, que a decisão saiu da reunião do Conselho de Ministros de sexta-feira passada, onde se fez “uma análise da situação epidemioló­gica actual no país”, tendo constatado que, “infelizmen­te, nas últimas semanas tem havido um cresciment­o acentuado de casos positivos”.

As autoridade­s sãotomense­s anunciaram 82 novos casos de infecção pelo novo coronavíru­s, na semana passada, e mais 18 nas últimas 48 horas.

Wando Castro considerou que o aumento de casos deve-se ao período de férias, “com a chegada de muitos turistas e muitos compatriot­as do estrangeir­o”, associado aos “efeitos da campanha eleitoral que começou em Julho passado e que vai continuar até à segunda volta das eleições, agendadas para 5 de Setembro”.

“Por outro lado, notamos que, felizmente, esses casos são esmagadora­mente de pessoas assintomát­icas, independen­temente da presença da variante Delta no nosso país”, ressaltou o ministro da Presidênci­a do Conselho de Ministros, acrescenta­ndo que “não há internados no hospital de campanha e também, desde o dia 22 de Maio, não se regista nenhum óbito por Covid-19”.

O porta-voz do Conselho de Ministros referiu que isso “dá algum alento”, mas, consideran­do que “é preciso fazer algum equilíbrio entre as medidas sanitárias restritiva­s e a necessidad­e de relançar a economia”, o Governo decidiu “prorrogar o estado de alerta até 30 de Setembro” e manter as medidas em vigor, que poderão ser actualizad­as se a situação se alterar.

Entre as medidas que estarão em vigor, Wando Castro destacou “a necessidad­e de apresentaç­ão de teste PCR” à chegada a São Tomé e Príncipe e permissão para viajar para Portugal apenas com “teste de antigénio reconhecid­o pela autoridade europeia de medicament­os”.

O ministro destacou ainda que se “mantém a proibição de vendas ambulantes nas praias, proibição de realização de ‘fundóns’, festas e discotecas em espaços fechados. Entretanto, é permitida a realização das missas e dos cultos e desportos colectivo com a verificaçã­o de 50% de ocupação de espaço”.

No que toca ao período específico da segunda volta das eleições presidenci­ais, o Governo alerta para “a proibição comícios e festivais musicais e de reuniões em espaços fechados”, bem como reforça a “obrigação de uso de máscaras pelos eleitores no dia da votação, mesmo quando estão no exterior, na fila, à espera da sua vez”.

O governante apelou à população para aderir à campanha de vacinação em curso no país, estando prevista a aplicação de vacinas a cerca de 18.500 pessoas, permitindo que no final desta terceira fase “cerca de 25% da população” fique vacinada.

Na semana passada, o ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Edgar Neves, disse que o Governo do arquipélag­o estava “imensament­e preocupado” com o “aumento exponencia­l de casos” de Covid-19 no país, que dão “sinais de uma terceira vaga”.

O porta-voz do Conselho de Ministros referiu que isso “dá algum alento”, mas, consideran­do que “é preciso fazer algum equilíbrio entre as medidas sanitárias restritiva­s e a necessidad­e de relançar a economia

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