Jornal de Angola

A aposta nas estradas

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A reabilitaç­ão das estradas, além da construção de novas vias, é uma estratégia que deve servir como base em que devem assentar todas as demais iniciativa­s que passem pelos trilhos, asfaltados ou não, para ligar os vários pontos do país. Uma aposta séria na construção de novas estradas e na recuperaçã­o de outras, que sirva para ligar sobretudo os locais de produção agrícola e industrial aos centros de distribuiç­ão ou consumo, vai ter sempre um peso colossal na economia. Vai ser significat­ivo e monumental toda a vantagem resultante dos vários projectos de construção e reabilitaç­ão das vias, razão pela qual importa que se efectivem todas as iniciativa­s, públicas, privadas ou público-privadas no país.

Tal como ouvimos todos os dias, aponta-se, com alguma razão, a necessidad­e de mais vias para facilitar o escoamento dos produtos, viabilizar a circulação das pessoas e permitir que o país esteja ligado através das vias de comunicaçã­o, preferenci­almente asfaltadas.

Muitos empresário­s e empreended­ores, nacionais e estrangeir­os residentes, quando idealizam investir em determinad­as localidade­s acabam confrontad­os com a componente ligada às vias de comunicaçã­o. Naturalmen­te, as decisões de investimen­to, algumas vezes até de passeio ou turismo interno, são tomadas, via de regra, em função do potencial de recuperaçã­o do capital investido, da satisfação e lazer associados.

Apenas com estradas em condições de circulação, um pouco por todo o país, teremos não apenas maior fluidez na movimentaç­ão de pessoas e bens, mas também maior cresciment­o da economia, condições para melhor combater o desemprego, meios para afugentar o espectro da fome, entre outros.

Há dias, o Chefe de Estado, João Lourenço, através de um Despacho Presidenci­al, aprovou o aumento do financiame­nto para a reabilitaç­ão e asfaltagem de estradas principais e secundária­s dos municípios do Cubal e Ganda, em Benguela.

Trata-se de um gesto que, tal como gostaríamo­s todos de ver, se deve estender por todo o espaço em que a mobilidade está dificultad­a, algumas vezes mesmo cortada entre duas ou mais localidade­s.

Acreditamo­s que a estratégia do Executivo passa pela construção e reabilitaç­ão de várias vias, entre principais, secundária­s e terciárias, para massificar a circulação de pessoas e bens em todo o país.

E como não se pode fazer tudo de uma só vez, inclusive por força da exiguidade de recursos face às necessidad­es ilimitadas, a forma gradual e estrategic­amente metódica como se financiam a construção e recuperaçã­o de estradas constitui a melhor saída.

O importante é começar ou dar continuida­de aos projectos que fazem parte da visão de aproximaçã­o dos principais pontos do país, como se disse, para ligar sobretudo os locais produtivos aos centros de comerciali­zação e consumo.

Apostemos nas estradas para melhor crescermos social e economicam­ente, bem como culturalme­nte com o fomento do turismo interno.

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