A aposta nas estradas
A reabilitação das estradas, além da construção de novas vias, é uma estratégia que deve servir como base em que devem assentar todas as demais iniciativas que passem pelos trilhos, asfaltados ou não, para ligar os vários pontos do país. Uma aposta séria na construção de novas estradas e na recuperação de outras, que sirva para ligar sobretudo os locais de produção agrícola e industrial aos centros de distribuição ou consumo, vai ter sempre um peso colossal na economia. Vai ser significativo e monumental toda a vantagem resultante dos vários projectos de construção e reabilitação das vias, razão pela qual importa que se efectivem todas as iniciativas, públicas, privadas ou público-privadas no país.
Tal como ouvimos todos os dias, aponta-se, com alguma razão, a necessidade de mais vias para facilitar o escoamento dos produtos, viabilizar a circulação das pessoas e permitir que o país esteja ligado através das vias de comunicação, preferencialmente asfaltadas.
Muitos empresários e empreendedores, nacionais e estrangeiros residentes, quando idealizam investir em determinadas localidades acabam confrontados com a componente ligada às vias de comunicação. Naturalmente, as decisões de investimento, algumas vezes até de passeio ou turismo interno, são tomadas, via de regra, em função do potencial de recuperação do capital investido, da satisfação e lazer associados.
Apenas com estradas em condições de circulação, um pouco por todo o país, teremos não apenas maior fluidez na movimentação de pessoas e bens, mas também maior crescimento da economia, condições para melhor combater o desemprego, meios para afugentar o espectro da fome, entre outros.
Há dias, o Chefe de Estado, João Lourenço, através de um Despacho Presidencial, aprovou o aumento do financiamento para a reabilitação e asfaltagem de estradas principais e secundárias dos municípios do Cubal e Ganda, em Benguela.
Trata-se de um gesto que, tal como gostaríamos todos de ver, se deve estender por todo o espaço em que a mobilidade está dificultada, algumas vezes mesmo cortada entre duas ou mais localidades.
Acreditamos que a estratégia do Executivo passa pela construção e reabilitação de várias vias, entre principais, secundárias e terciárias, para massificar a circulação de pessoas e bens em todo o país.
E como não se pode fazer tudo de uma só vez, inclusive por força da exiguidade de recursos face às necessidades ilimitadas, a forma gradual e estrategicamente metódica como se financiam a construção e recuperação de estradas constitui a melhor saída.
O importante é começar ou dar continuidade aos projectos que fazem parte da visão de aproximação dos principais pontos do país, como se disse, para ligar sobretudo os locais produtivos aos centros de comercialização e consumo.
Apostemos nas estradas para melhor crescermos social e economicamente, bem como culturalmente com o fomento do turismo interno.