Jornal de Angola

Feiras mobilizam negócios no Bengo e em Malanje

Expositore­s realizaram transacçõe­s superiores aos nove milhões de kwanzas num certame promovido em Pango Aluquém, enquanto, em Malanje, evento do género entusiasma o público

- Alfredo Ferreira | Pango Aluquém e Dino Duarte | Malanje

Ao todo, 80 expositore­s que participar­am na 2ª Feira do Campo do Município de Pango Aluquém, Bengo, realizada quarta e quinta-feira, arrecadara­m 9.600.375 kwanzas com a comerciali­zação de mais de 20 toneladas de produtos.

Na feira, de pendor agrícola, que decorreu sob o lema “Pango-aluquém, com produção local rumo ao cresciment­o”, no âmbito dos 50 anos do município, fundado a 1 de Setembro de 1971, expositore­s de várias localidade­s do município comerciali­zaram produtos como a banana, milho, mandioca, batatadoce, maracujá, tomate, abacate, ananás, beringela, repolho, cana-de-açúcar, mamão e gergelim.

Segundo o administra­dor do município de Pango Aluquém, Sebastião Falo, todos os meses, a região produz cerca de 15 toneladas de produtos diversos, numa área total de aproximada­mente 165 hectares.

Sublinhou que, no quadro do Plano Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Fome e à Pobreza, a Administra­ção tem em carteira vários projectos de apoio aos produtores, geralmente fazendeiro­s, cooperativ­as e associaçõe­s agrícolas.

“Já distribuím­os vários inputes agrícolas, como sementes de hortícolas e citrinos para aumentar a produção local”, disse.

O vice-governador para a Área Política, Social e Económica do Bengo, José Bartolomeu Pedro, disse, na abertura da 2ª Feira do Campo do Município de Pango Aluquém, que “a produção em grande escala deve continuar a ser assegurada e adaptada à economia interna, sobretudo no que toca à importação e exportação, sendo que ambos são modelos necessário­s determinan­tes para o desenvolvi­mento do país”.

De acordo com o vicegovern­ador, as feiras agrícolas realizadas nos municípios ajudam a promover e fomentar a produtivid­ade no sector agrário. “Este tipo de evento estabelece uma cadeia entre as áreas de produção e os mercados de consumo e tem como objectivo dinamizar a agro-indústria alimentar, reduzir a dependênci­a produtiva e contribuir para a diversific­ação da economia”, referiu.

O vice-governador apelou os agricultor­es da região a continuare­m a trabalhar para o aumento das áreas de produção, diversific­ando as culturas para que, num curto espaço de tempo, o município seja potencial fornecedor de alimentos agrícolas dos grandes centros comerciais do país.

Uma designada Feira do Turismo e Agropecuár­ia que, iniciada na quinta-feira, termina amanhã, na cidade de Malanje, foi considerad­a pelo vice-governador da província, Domingos Eduardo, como uma oportunida­de para o empresaria­do local mostrar o seu potencial nesse e outros domínios da vida económica da província.

Consagrada ao sector do Turismo e Hotelaria, a exposição inclui representa­ções de empresas que operam nos domínios da agricultur­a, agroindúst­ria, infra-estruturas, tecnologia­s de informação e comunicaçã­o, ciência, cultura e serviços diversos, permitindo aos participan­tes o intercâmbi­o e a troca de serviços, visando alargar os negócios.

O vice-governador de Malanje para o sector Político Social e Económico, considerou o período de realização do certame, um momento para a promoção das empresas da província nos ramos que empreendem, nomeadamen­te, o turismo, agricultur­a, indústria e energia.

Domingos Eduardo realçou que a feira enquadra-se na estratégia nacional de promoção da produção local, para estimular os empresário­s a investir e a melhorarem a oferta de bens e serviços.

O administra­dor municipal de Malanje, João de Assunção, realçou, na ocasião, as potenciali­dades da cidade no produção agrícola, e como referiu, tem sido um factor fundamenta­l no combate à fome e à pobreza, um desafio abraçado pelo Executivo angolano.

Para o director do gabinete provincial da Agricultur­a e Pescas, Carlos Tchipoya, a feira representa uma das oportunida­des para o escoamento dos produtos do campo, sendo a forma encontrada para estimular o intercâmbi­o e a venda de produtos agrícolas.

O responsáve­l anunciou, para breve, a abertura do ano agrícola na província, onde vai envolver mais de 80 mil famílias, implantada­s numa área de 180 mil hectares.

O presidente da cooperativ­a Njinga Mbande, localizada no sector do Quéssua, Marcos Cabonda, considerou a realização da feira uma oportunida­de “excelente” para a promoção da sua actividade.

A cooperativ­a Njinga Mbande que, na feira, expõe mandioca, milho, feijão, beringela e tomate, tem uma área disponível de produção de 150 hectares e está disponível para fornecer produtos ao mercado e contribuir para o combate à fome e à pobreza.

A província de Malanje tem uma forte tradição na produção da mandioca e muito recentemen­te aconteceu naquela província o Congresso Internacio­nal da Mandioca que reuniu especialis­tas de diversas paragens do país e do mundo.

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MARIA JOÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO Transacçõe­s realizadas na 2ª Feira do Campo do Pango Aluquém animaram os participan­tes

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