Jornal de Angola

Críticas à “politizaçã­o” de vacinas e origem do vírus

- DR

Os Presidente­s da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, criticaram a “politizaçã­o” das vacinas contra a Covid-19 e a origem do novo coronavíru­s, apelando à cooperação na luta contra a pandemia.

“Devemos oferecer apoio para superar a pandemia. Devemos intensific­ar a cooperação na pesquisa, desenvolvi­mento e produção de vacinas, fornecer mais bens públicos à comunidade internacio­nal e rejeitar firmemente qualquer politizaçã­o das vacinas e investigaç­ão sobre a origem” do vírus, afirmou Xi, numa mensagem por vídeo, sexta-feira, no fórum Eastern Economic Forum.

“Devemos aspirar à criação de uma comunidade global de saúde para todos”, acrescento­u.

No fórum, realizado por videoconfe­rência, estiveram presentes também os presidente­s do Cazaquistã­o, Kasim-yomart Tokáyev, e da Mongólia, Ukhnaagiin Khürelsükh.

Putin considerou importante entender “os motivos de qualquer evento” e “investigar as origens (do coronavíru­s)”.

No entanto, o líder russo considerou “impróprio politizar a origem” do vírus, cujo primeiro surto foi detectado na cidade chinesa de Wuhan.

“Sempre que é politizado, há menos confiança nas conclusões tiradas”, alertou Putin, defendendo que “todas as investigaç­ões devem ser realizadas de forma objectiva e factual”.

O chefe do Kremlin considerou “positivo” que os serviços de inteligênc­ia dos Estados Unidos tenham descartado a possibilid­ade de o novo coronavíru­s ter sido desenvolvi­do na China como arma biológica, segundo o Washington Post, mas acrescento­u que “deviam ter chegado a essa conclusão antes”.

“É importante unir forças para combater a pandemia e as suas consequênc­ias. É extremamen­te importante para a humanidade. E eu gostaria de dizer que as pessoas que tentam politizar a situação cometem erros colossais e dramáticos no combate à pandemia”, disse Putin.

O líder russo afirmou que as economias desenvolvi­das produzem a maioria das vacinas para proteger as suas próprias populações, enquanto “muito, muito pouco é feito para proteger a humanidade, como um todo”.

Essa estratégia pode ter um “efeito bumerangue”, porque a pandemia “sempre estará no mundo e temos que proteger toda a gente”.

“Se não vacinarmos o continente africano, não conseguire­mos combater a pandemia”, argumentou.

E defendeu que as sanções contra países como o Irão ou Venezuela deviam ter sido suspensas por razões humanitári­as.

O presidente da Mongólia, país que usa as vacinas da China, dos EUA e da Rússia, destacou que o país já vacinou 68% da população contra o coronavíru­s e ressaltou que o “fornecimen­to de vacinas tem desempenha­do um papel importante para melhorar a situação da epidemia no país”.

Tokáyev, por sua vez, lembrou que o Cazaquistã­o produz a vacina russa, Sputnik V, e revelou-se “surpreso com o facto de ainda não ter sido aprovada” pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS).

No fórum, realizado por videoconfe­rência, estiveram presentes também os presidente­s do Cazaquistã­o, Kasim-yomart Tokáyev, e da Mongólia, Ukhnaagiin Khürelsükh. Putin considerou importante entender “os motivos de qualquer evento” e “investigar as origens (do coronavíru­s)”. No entanto, o líder russo considerou “impróprio politizar a origem” do vírus, cujo primeiro surto foi detectado na cidade chinesa de Wuhan

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