Jornal de Angola

Centro vai detectar ameaças globais de doenças

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A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) inaugurou, na Alemanha, o Centro para a Inteligênc­ia Pandémica e Epidémica, que visa “preparar e proteger melhor o mundo de ameaças globais de doenças” com dados e análises.

O centro, que será liderado pelo epidemiolo­gista nigeriano Chikwe Ihekweazu, actual directorge­ral do Centro de Controlo de Doenças da Nigéria, foi inaugurado, quinta-feira, na capital alemã, Berlim, pelo director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.

A unidade está a funcionar provisoria­mente no complexo do hospital universitá­rio Charité, prevendo-se para breve a sua transferên­cia para instalaçõe­s permanente­s em Kreuzberg, no centro de Berlim, refere em comunicado a OMS.

Segundo o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, citado no comunicado, o centro terá como foco “a ligação e a análise de dados e a capacidade de detectar e avaliar melhor os riscos de doenças nas fases iniciais, antes que causem morte e perturbaçã­o social”.

“Apesar de décadas de investimen­to, a Covid-19 revelou as grandes lacunas que existem na capacidade do mundo de prever, detectar, avaliar e responder a surtos que ameaçam as pessoas em todo o mundo”, reconheceu, citado no mesmo comunicado, o director-executivo do Programa de Emergência­s de Saúde da OMS, Michael Ryan.

O Centro para a Inteligênc­ia Pandémica e Epidémica da OMS, que representa um investimen­to inicial da Alemanha de 84,62 milhões de euros, terá como missão fornecer melhores dados e análises para que o mundo possa detectar e responder a emergência­s de saúde.

A ideia da criação deste centro, que irá juntar especialis­tas de várias áreas e tecnologia de ponta, surgiu há dez meses, durante uma conversa entre Angela Merkel e Tedros Adhanom Ghebreyesu­s.

Na inauguraçã­o, a chanceler alemã salientou que o mundo tem de estar “melhor preparado para a próxima pandemia”, encorajand­o à “união de forças”.

“Temos que ligar melhor os investigad­ores, reunir e analisar dados e assessorar muitos países”, afirmou Angela Merkel, citada para agência noticiosa Efe.

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