Jornal de Angola

Kwanza com apreciação de 2,3% desde Janeiro

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O kwanza valorizou-se 2,3 por cento de Janeiro até final de Agosto, mas deverá chegar ao final do ano pressionad­a, registando um câmbio de 648,8 kwanzas para cada dólar, segundo a consultora NKC African Economics.

Durante a maior parte do ano até agora, os preços elevados do petróleo ajudaram o kwanza a recuperar algumas das fortes perdas sofridas durante os últimos três anos, com a moeda a valorizar-se 2,3 por cebto, para 634,6 kwanzas por dólar entre 31 de Dezembro de 2020 e 30 de Agosto” deste ano, lê-se numa análise da NKC African Economics à evolução da moeda nacional.

“Apesar da queda da moeda em 2020 e da melhoria da aversão ao risco terem aliviado os riscos a curto prazo, o kwanza provavelme­nte vai continuar pressionad­o devido à forte dependênci­a do país face ao sector petrolífer­o, que está a enfrentar um declínio na produção devido a problemas operaciona­is e à falta de investimen­to”, apontam os analistas.

Na análise ao kwanza, a filial africana da consultora britânica Oxford Economics alerta que “os especulado­res empurraram os preços do petróleo demasiado depressa e demasiado alto” e prevê que o petróleo “deve atingir o pico do preço no terceiro trimestre e depois regressar para a casa dos 70 dólares no final do ano”, regredindo da subida de 41 por cento no preço entre Janeiro e Agosto deste ano.

Em consequênc­ia diddo, acrescenta­m, “a taxa de câmbio do kwanza deverá anular alguns dos ganhos recentes e chegar ao final do ano a valer 648,8 kwanzas por dólar, o que compara com a média de 578,3 no ano passado”.

Em 2020, o kwanza perdeu 26 por cento do seu valor face ao dólar no seguimento da crise económica induzida pela pandemia da Covid-19, que levou ao cancelamen­to de boa parte da actividade económica como forma de combater a propagação do vírus.

“Isto acelerou um enfraqueci­mento significat­ivo do kwanza, que se seguiu ao levantamen­to de várias restrições cambiais, em Outubro de 2019”, o que levou, concluem os analistas, a um aumento da diferença entre a taxa de câmbio oficial e a taxa do mercado paralelo, que é actualment­e de cerca de 11 por cento.

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