“Pedras especiais” do Uari Cambange
Antigo Projecto
Camutwe, o Uari Cambange é considerado como um dos projectos mais relevantes no segmento da exploração de diamantes no país, ao lado do Catoca, Kaixepa, Chitotolo, Cuango, a Somiluana, Lunhinga, Furi e outros.
Emprega 400 pessoas, sobretudo da região do Lucapa e arredores.
Atingimos o Uari, no mesmo dia em que passamos pela mina do Kaixepa, um kimberlito com o histórico dos diamantes mais valorizados de Angola.
Mina de grande cascalho (Calonda, Colina, terraços lezílios e rios), garantia bastante para alimentar continuamente as lavarias ao longo do ano, o Projecto Uari Cambange, viu também a sua produção a ser seriamente afectada pelo impacto da Covid- 19, que despoletou em 2020.
A manutenção dos equipamentos, ampliação das áreas de exploração, abastecimento de materiais e insumos e aquisição de equipamentos e peças sobressalentes, maioritariamente importadas, ficaram comprometidas.
Famosa pelas suas “pedras especiais”, o Uari não conseguiu materializar o seu programa de reforço em novos equipamentos de mineração, como lavarias e central de escolha, depois que estalou a pandemia, o que permitiria uma produção a volta de 11 mil quilates por mês.
“Para 2020, estavam projectadas a aquisição importantes equipamentos para a mina, mas o surgimento da pandemia inviabilizou o processo”, referiu o director técnico do Uari Cambange, o engenheiro Tomé Joaquim, em conversa com os jornalistas, antes de leva-los a algumas frentes de operações.
Indicou que, para lidar com a pandemia, o número de trabalhadores em serviço na mina foi reduzido para metade, o que se reflectiu nos níveisdeprodução,quecaíram para sete mil quilates por mês.