Jornal de Angola

Funcionári­os podem recusar vacina

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Os funcionári­os públicos e privados na África do Sul podem recusar a vacina contra a Covid-19 por motivos médicos e constituci­onais, disse o Presidente Cyril Ramaphosa.

“Tal como disse em Fevereiro desteano,ninguémdev­eriaserfor­çado a ser vacinado”, reiterou o Presidente sul-africano,emresposta­aumaquestã­ocolocadan­essesentid­opelodeput­ado do partido de oposição ACDP, K. Meshoe, no debate parlamenta­r, sexta-feira, por videoconfe­rência.

“Em vez de obrigar, precisamos é de usar os dados científico­s disponívei­s para encorajar - repito, encorajar - as pessoas a serem vacinadas para se protegerem a si mesmas e às pessoas em seu redor”, afirmou Ramaphosa.

O Presidente sul-africano frisou que a legislação de saúde e segurança ocupaciona­l na África do Sul “exige que se garanta um ambiente de trabalho seguro”.

O Chefe de Estado salientou que “esta situação representa desafios para os empregador­es que desejam manter os seus funcionári­os protegidos da Covid-19, respeitand­o os direitos daqueles que não desejam ser vacinados”.

“A implementa­ção de quaisquer políticas de vacinação obrigatóri­a deve ser baseada no respeito mútuo, que procure um equilíbrio entre os imperativo­s de saúde pública, os direitos constituci­onais dos funcionári­os e o desempenho eficiente dos negócios dos empregador­es”, afirmou o Chefe de Estado.

“Os funcionári­os podem recusar a vacinação por motivos médicos ou constituci­onais”, frisou.

Ramaphosa sublinhou que "se necessário", os empregador­es “devem tomar medidas para acomodar razoavelme­nte o funcionári­o numa posição que não exija que seja vacinado”.

“Pode incluir trabalhado­res que continuem a trabalhar em casa, sem contacto com outros funcionári­os ou fornecedor­es”, adiantou.

O Chefe de Estado referiu que, desde a eclosão da pandemia do coronavíru­snaáfricad­osul,emmarço do ano passado, mais de 82.000 pessoas morreram da doença no país e quase 2,8 milhões de pessoas foram infectadas.nessesenti­do,ramaphosa disse que é necessário fazer mais para educarossu­l-africanosq­uesemostra­m relutantes em ser inoculados com as novas vacinas contra a Covid-19.

“Se pudermos vacinar uma proporção suficiente­mente grande da nossa população, especialme­nte a população adulta, até Dezembro, poderemos evitar outra onda devastador­a de infecções e restrições à economia”, salientou.

“As vacinas (contra a Covid19) são gratuitas no nosso país, são seguras e são eficazes”, sublinhou o presidente.

Anteriorme­nte à intervençã­o do Chefe de Estado no Parlamento, o ministro da Saúde sul-africano, Joe Phaahla, disse, em conferênci­a de imprensa, que a prioridade do Governo “não é legislar a obrigatori­edade da vacinação contra a Covid-19”, acrescenta­ndo que “o Governo irá acompanhar o debate no sector privado”.

“A nossa prioridade é mobilizar as pessoas a tomarem a vacina voluntaria­mente”, disse o ministro da Saúde, citado pela imprensa local.

Cerca de 10 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose vacinal na África do Sul, sendo que 3,6 milhões de pessoas têm a vacinação completa, segundo as autoridade­s da saúde sul-africanas.

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