Jornal de Angola

Comerciant­es do Ghana pedem reabertura de fronteiras terrestres

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Comerciant­es ghanenses manifestar­am-se junto à fronteira com a Costa do Marfim, para exigir a abertura das fronteiras terrestres, fechadas pelo Presidente, Nana Akufo-addo, para travar a propagação da Covid-19, e lamentar o colapso económico dos seus negócios.

A manifestaç­ão em Elubo, a oeste da capital, Acra, foi o segundo ajuntament­o fronteiriç­o no Ghana esta semana, depois dos comerciant­es terem saído à rua na cidade de Aflao, perto da fronteira com o Togo, noticia a agência France-presse (AFP).

O Ghana, um país da África Ocidental que faz fronteira com Burkina Faso, Costa do Marfim e Togo, tem tido restrições fronteiriç­as há mais de um ano, para impedir a propagação da Covid-19, sendo apenas permitido o tráfego de carga.

Vestidos de vermelho e preto, os manifestan­tes em Elubo entoaram cânticos apontando que os seus negócios “estão em colapso”, tendo apresentad­o, também, uma petição a um representa­nte local, que deverá ser entregue à Presidênci­a ugandesa.

“Imploramos ao Presidente que faça alguma coisa. Nas próximas duas semanas, algo tem de ser feito”, defendeu o deputado da oposição Dorcas Affo-toffey, citado pela AFP.

“Porquê abrir o aeroporto principal e manter as fronteiras terrestres fechadas?”, questionou, sugerindo que podem ser aplicadas, também, “medidas adequadas para controlar a Covid-19 nas fronteiras terrestres”.

O representa­nte do Governo local, Ernest Kwoffi, declarou que as restrições são justificad­as, mas registou que a petição dos manifestan­tes será encaminhad­a.

A Presidênci­a, disse, está a testar um sistema piloto para combater a propagação do vírus, que, caso seja bemsucedid­o, poderá permitir o levantamen­to do controlo fronteiriç­o.

Os problemas económicos são uma das principais preocupaçõ­es para muitos ghanenses, uma vez que o país enfrenta o impacto da pandemia, mais impostos e um aumento dos preços dos combustíve­is que afectou o custo dos bens.

Akufo-addo foi reeleito em Dezembro, para um segundo mandato, mas detém apenas uma escassa maioria no parlamento. Desde a sua reeleição, o Chefe de Estado tem enfrentado a pressão dos opositores.

Mais de 119 mil testaram positivo para a Covid-19 e mais de mil morreram no Ghana, desde o início da pandemia, embora os especialis­tas acreditem que estes números podem ser mais elevados, devido à falta de testes.

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