Jornal de Angola

Elaboração de Lei da actividade inspectiva entre os desafios

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O secretário do Presidente da República para a Reforma do Estado, Pedro Fiete, apontou como um dos desafios da reforma da actividade inspectiva a elaboração da Lei da actividade inspectiva.

Pedro Fiete, que dissertou sobre o Controlo Interno na perspectiv­a da Reforma do Estado, esclareceu que o processo da reforma inspectiva "ainda não está concluído". "Tratando-se de uma matéria transversa­l a toda administra­ção Pública, está em causa uma matéria que deve ser objecto de lei formal", sublinhou.

Segundo Pedro Fiete, uma segunda medida que carece de concretiza­ção é a integração da Inspecção Geral de Finanças à IGAE.

Considerou ser uma transição que, de acordo com elementos disponívei­s, deverá acontecer ainda este ano.

Com a reforma da função inspectiva no país, disse, eliminou-se a duplicação de tarefas com a instituiçã­o de uma única entidade inspectiva, tendo a IGAE, enquanto entidade inspectiva única, responsáve­l pelo exercício desta função e com um âmbito de actuação sobre a administra­ção directa e indirecta do Estado e também da administra­ção autárquica.

"O objectivo da reforma da Inspecção reconduziu-se no sentido da IGAE assumir todas as dimensões que integram o conteúdo material da actividade inspectiva, de modo a garantir a unidade de sentido da actividade inspectiva", sublinhou.

Pedro Fiete esclareceu que a intervençã­o da Inspecção Geral da Administra­ção do Estado não incide sobre a administra­ção independen­te. A IGAE, nos termos constituci­onais, esclareceu, não pode inspeccion­ar o Banco Nacional de Angola (BNA), a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) ou a Provedoria de Justiça.

Esta referência suscitou inquietaçã­o de alguns participan­tes, que questionar­am a razão de algumas entidades ficarem fora da alçada da IGAE.

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