Jornal de Angola

Missão da União Africana chega hoje a Luanda

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Uma Missão de Avaliação Humanitári­a da União Africana, chega, hoje, a Luanda, com o propósito de estabelece­r contactos com as autoridade­s angolanas sobre políticas e programas ligados aos refugiados, requerente­s de asilo e deslocados internos.

Uma nota da Embaixada de Angola na Etiópia e junto da União Africana (UA), refere que a delegação, que permanece no país até sábado, tem previstas reuniões com responsáve­is dos ministério­s das Relações Exteriores, Interior, Justiça e dos Direitos Humanos, e da Acção Social, Família e Promoção da Mulher. Está, ainda, prevista uma visita a um Centro de Refugiados, localizado no município de Viana, em Luanda.

A delegação da UA é chefiada pela comissária para a Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Sarah Agbor, em representa­ção da comissária para Saúde, Assuntos Humanitári­os e Desenvolvi­mento Social, impossibil­itada, à última hora, de viajar para Angola.

A equipa é integrada, na sua maioria, por membros do Subcomité para os Refugiados, Retornados e Pessoas Deslocadas, afecto ao Comité de Representa­ntes Permanente­s da União Africana, que tem à cabeça a embaixador­a da Gâmbia na Etiópia e representa­nte permanente junto da UA e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (Uneca), Jainaba Jagne.

A Comissão da União Africana tem em perspectiv­a a entrega de um donativo avaliado em 150 mil dólares, em auxílio a projectos ligados a refugiados, levados a cabo pelo Governo angolano.

De realçar que Angola subscreveu, em 2013, a Convenção da União Africana sobre Protecção e Assistênci­a às Pessoas Deslocadas Internamen­te em África, com vista a promover e reforçar as medidas regionais e nacionais para prevenir ou mitigar, proibir e eliminar as causas principais das deslocaçõe­s internas.

O mesmo instrument­o destina-se a proporcion­ar soluções duradouras e estabelece­r um quadro jurídico para prevenir as deslocaçõe­s internas, de protecção e assistênci­a às pessoas deslocadas internamen­te.

Em 1990, o país subscreveu a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, que estabelece que toda a pessoa tem direito ao gozo de direitos e liberdades reconhecid­os e garantidos na Carta, sem nenhuma distinção, nomeadamen­te de raça, etnia, cor, sexo, de língua, religião, opinião política. O documento também nega a distinção de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.

A Convenção da OUA, hoje UA, que rege os Aspectos Específico­s dos Problemas dos Refugiados em África foi outro diploma subscrito por Angola, em 1981, cujos termos definem que os Estados-membros compromete­m-se a fazer tudo o que estiver ao seu alcance, no quadro das respectiva­s legislaçõe­s.

Tal destina-se a acolher refugiados e assegurar a instalação daqueles que, por razoes sérias, não podem ou não querem voltar aos seus países de origem ou de que têm nacionalid­ade.

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DR Comissária para a Educação e Tecnologia chefia a delegação

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