Namibe conserva estatuto de modelo
Ministra da Educação, Luísa Grilo, disse ter encontrado nas escolas que visitou crianças com 5 e 6 anos que sabem escrever e ler com perfeição
A ministra da Educação, Luísa Grilo, considerou, ontem, em Moçâmedes, que o Namibe conserva o "estatuto modelo" das aprendizagens nas classes iniciais do ensino primário.
A ministra, que efectua uma visita de trabalho à província, sustentou a sua afirmação pelo facto de ter encontrado nas escolas que visitou crianças com 5 e 6 anos que sabem escrever e ler com perfeição.
"Vimos de facto escolas muito bem organizadas, crianças motivadas a aprender. Estou muito satisfeita por estarmos a ver crianças que já estão a ler muito bem. Isto, de facto, é encorajador. Por isso, fico feliz por saber que o Namibe é um exemplo em termos de educação", frisou Luísa Grilo.
A ministra manifestou também a sua satisfação por encontrar no Namibe escolas do segundo ciclo com laboratórios que podem ajudar a conferir competências técnica, profissional e credibilidade ao perfil dos estudantes finalistas.
"Estou satisfeita porque encontrámos as nossas escolas a funcionarem com laboratórios e estudantes a praticarem actividades no laboratório. Visitámos a escola Hélder Neto, que tem oficinas, para que os alunos possam sair de lá a trabalhar, não com diplomas, mas com competências para vida, isso é que é o fundamental", destacou.
Exames nacionais
A ministra que trabalhou, ontem, no município do Virei, onde constatou a construção de diversas infra-estruturas escolares que estão a ser erguidas no âmbito do PIIM, anunciou a realização de estudos para implementação de exames nacionais no presente ano lectivo para as sexta, nona e décima segunda classes.
Ministraluísa Grilo referiu que o processo começa com o exame "piloto" nacional, que vai acontecer de acordo com o calendário escolar que já foi distribuído
"Estamos a trabalhar no sentido de criarmos primeiro as equipas que vão poder conceber as provas e, depois, materializá-las", garantiu.
Reconheceu que existem dificuldades para implementar o processo, mas, assegurou, já foi feito um inventário das necessidades para que as provas sejam realizadas. "É preciso, de facto, dar o sinal para podermos aferir como é que andamos em termos de educação à nível do país. Não podemos continuar a trabalhar com base na especulação. Precisamos de ver o que é que cada província oferece em termos de oportunidade de aprendizagem e, de facto, há aprendizagens que são conseguidas, e só o exame nacional pode fazer isso", disse.
Material de alfabetização
A ministra da Educação entregou, ontem, material de alfabetização ao centro do Mercado 5 de Abril, arredores da cidade de Moçâmedes, que no presente ano lectivo matriculou 215 alfabetizados.
A responsável do, Suzana Longute, disse que a visita da ministra encoraja o prosseguimento da actividade. " Os nossos alunos estão a mostrar bom sinal de aprendizagem. Com esta visita, a ministra dá-nos força para trabalhar mais com os alunos e lidar bem com eles , para que darem o seu máximo ao desenvolvimento familiar e social ", frisou.
Luísa Grilo visitou, também ontem, o Instituto Politécnico Agrário da Aldeia de Capangombe, no município da Bibala, tendo tomado o conhecimento das dificuldades da instituição, como a falta energia eléctrica da rede pública, agua e acesso à telefonia móvel .
O responsável do Instituto, Manuel Caquarta, disse que as dificuldades apresentadas à ministra têm causado gastos dispendiosos, principalmente na obtenção de combustível.
"Esperamos pelo bom senso e consideração quanto às preocupações que colocámos. Estamos agora a falar do ensino de qualidade. Por isso, queremos ter melhorias, pois, a nossa escola foi elencada entre as instituições de referência e, então, são necessários mais meios didácticos aliados às condições tecnológicas aceitáveis, para que a pesquisa dos estudantes seja efectiva e produtiva", apelou.
“Estou satisfeita porque encontrámos as nossas escolas a funcionarem com laboratórios e estudantes a praticarem actividades no laboratório”