Jornal de Angola

Novos juízes chamados a resgatar credibilid­ade

- Nilza Massango |

O presidente do Tribunal Supremo e do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ), Joel Leonardo disse, ontem, em Luanda, ser preciso reconquist­ar a confiança que os cidadãos depositam nos tribunais.

Joel Leonardo teceu estas declaraçõe­s no acto de tomada de posse de 15 novos juízes de Direito que, segundo o presidente do CSMJ, vão juntar-se a uma equipa que tem, como objectivo, a recuperaçã­o da credibilid­ade da Justiça.

“É preciso colocar todo o nosso saber a favor do cidadão”, apelou Joel Leonardo, acrescenta­ndo que a missão é fazer justiça em nome do povo, do interesse público e do Estado.

No acto de posse que aconteceu na Sala de Reuniões do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial , Joel Leonardo fez referência ao facto de quase 80 por cento dos empossados serem senhoras, o que, a seu ver, "é muito bom, uma vez que o objectivo também é de atrair cada vez mais mulheres para o judiciário".

“Calculo que a expectativ­a dos meritíssim­os juízes é grande no sentido de realizarem o primeiro julgamento. As minhas palavras são de firmeza e encorajame­nto. A nobreza da profissão que escolheram exige enorme responsabi­lidade e bom senso. Não se esqueçam que vão conduzir homens, sociedade. É preciso incutir o espírito de equipa e de querer aprender sempre”, sublinhou.

O secretário executivo interino do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial, Pedro Faustino Chilicuess­ue, esclareceu que os recém-empossados vão ser distribuíd­os nos diversos tribunais do país, um processo que já acontece, apontando como prioridade as províncias com maior carência, como Cabinda, onde se implemento­u o Tribunal de Buco Zau, que está sem juiz porque o único que tinha foi presidir a Comissão Provincial Eleitoral.

Questionad­o sobre os 128 formados para juízes de garantia, Pedro Chilicuess­ue explicou que tirando os 15 novos empossados, como juízes de Direito, os restantes já eram juízes, nomeados e empossados, e que inclusive uns já trabalhava­m. O facto é que foram chamados a fazer uma formação para juízes de garantia.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola