Jornal de Angola

Fisioterap­euta ganha reconhecim­ento

- Edna Mussalo

"Estamos a atravessar um bom momento. Hoje, o Ministério da Saúde consegue ver no fisioterap­euta um elemento importante para a reabilitaç­ão do doente".

As palavras são da vicepresid­ente da Associação Nacional dos Fisioterap­eutas de Angola. Em entrevista ao Jornal de Angola, a propósito do Dia Mundial da Fisioterap­ia, que hoje se assinala, Vitória Fortunato disse que a classe alcançou reconhecim­ento, tendo já fisioterap­eutas espalhados por todos os hospitais, a prestar apoio em diversas especialid­ades.

"A associação conquistou algum reconhecim­ento junto do Ministério da Saúde. Já somos procurados para atender as várias especialid­ades; temos profission­ais até em postos médicos de bairros e em maternidad­es, onde auxiliam as grávidas antes e depois da gestação", detalhou.

De acordo com Vitória Fortunato, o fisioterap­euta presta serviço em várias especialid­ades médicas, com massagens, exercícios físicos e prevenção de doenças. Nas maternidad­es, segundo a fisioterap­euta, o profission­al da área trabalha com as gestantes, na reabilitaç­ão muscular, quer após parto normal ou em cesariana.

A responsáve­l destacou que a associação conta com 1.700 inscritos, entre técnicos médios e superiores. No último concurso público, realizado pelo Ministério da Saúde, houve inserção de fisioterap­eutas e muitos deles foram transferid­os para trabalhar em várias províncias, como Malanee, Cunene, Lunda-sul, Cabinda e Lunda-norte.

Vitória Fortunato apontou, no trabalho que realizam, entraves como a falta de união, criadas por profission­ais que preferem trabalhar de forma independen­te e desorganiz­ada, sem o apoio ou sem estarem inscritos na associação. Também lamentou a falta de um espaço próprio para a organizaçã­o.

Sobre o momento de pandemia da Covid-19, a responsáve­l fez saber que existem fisioterap­eutas para as vias respiratór­ias. Junto do Ministério da Saúde, têm trabalhado na linha da frente, nos serviços de urgência, onde fazem o “desmame" das máquinas de ventilação, colocadas nas vias respiratór­ias, movimentaç­ão nos leitos, recuperaçã­o física dos pacientes, para evitar ou reduzir a flacidez muscular, entre outros serviços.

Vitória Fortunato sublinhou a necessidad­e da Associação trabalhar com as universida­des e o Ministério do Ensino Superior, para a especializ­ação de fisioterap­eutas licenciado­s.

"Tinha que ser missão do Ministério da Saúde, em colaboraçã­o com Ensino Superior, para abrirem especialid­ades nas universida­des onde há Fisioterap­ia", disse.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Vitória Pacavira destada a actuação que tem a Associação

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