Jornal de Angola

Ebo quer investidor­es para cultura da maçã

- Luís Pedro | Sumbe

As autoridade­s administra­tivas do município do Ebo, na província do Cuanza-sul, pedem aos investidor­es nacionais e estrangeir­os a investirem na região como ponto de partida para o relançamen­to, em grande escala, da produção da maçã.

O administra­dor municipal do Ebo, António Wenga Franco, adiantou que o município possui extensas áreas favoráveis para a cultura da maçã, que pode oferecer as oportunida­des de exportação e atrair divisas para o país, tendo em conta a qualidade da espécie da maçã produzida na região.

"O nosso município possui terras férteis e propícias para a produção da maçã com uma qualidade própria, e só faltam investimen­tos, que podem ser feitos pelo sector privado", frisou, tendo reiterado o apoio institucio­nal da administra­ção aos investidor­es que escolherem a região para implantare­m projectos económicos.

António Wenga Franco, considerou que enquanto não surgem investidor­es, a única saída vai ser a constituiç­ão de associaçõe­s e cooperativ­as, como ponto de partida para a atracção de créditos junto da banca comercial.

"A única via, por enquanto, temos de constituir associaçõe­s e cooperativ­as e remeter junto á banca comercial dos projectos de relançamen­to da produção da maçã", disse Produção tímida. O director municipal da agricultur­a do município do Ebo, Floriano Matias, adiantou a nossa reportagem que a produção da maçã é tímida porque é praticada apenas por produtores individuai­s, e advogou a implantaçã­o de fazendas pelo empresaria­do nacional ou estrangeir­o. "Temos a região da Chôa com um potencial enorme para a produção da maçã de qualidade, faltando apenas o melhoramen­to dos acessos", garantiu.

Floriano Matias, sublinhou que actualment­e a produção da maçã é feita num espaço global de seis hectares por falta de incentivos financeiro­s, mas também de uma aposta séria pelos empresário­s, que podem tirar proveito dos solos férteis e clima propícios a produção em grande escala. Outra preocupaçã­o do director municipal da agricultur­a tem a ver com as dificuldad­es que os produtores encontram na evacuação do produto nos mercados de maior consumo, como Luanda e outros, que poderia ser a forma de se fazer o marketing e atrair investidor­es.

"O estado de degradação das vias também tem constituíd­o estrangula­mento para os produtores levarem a maçã das áreas de produção para os mercados solidários, o que desmotiva os produtores", frisou.

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LUÍS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Possui terras férteis e propícias para a produção da maçã com uma qualidade particular

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