Jornal de Angola

Recuperado­s activos avaliados em 5,3 mil milhões de dólares

- Maximiano Filipe | Benguela

angolano recuperou, até agora, no âmbito do combate à corrupção, activos avaliados em mais de 5,3 mil milhões de dólares, dos quais 2,7 mil milhões em dinheiro e o restante repartidos em imóveis e títulos, revelou o vice-governador provincial de Benguela para o Sector Técnico e Infra-estruturas.

Adilson Gonçalves, que falava, quinta-feira, na abertura da conferênci­a provincial sobre o papel da PGR e da IGAE no combate à corrupção no seio entre efectivos das forças de Defesa e Segurança, disse que, desde 2018, mais de 1.500 processos foram investigad­os pelos órgãos judiciais, alguns dos quais já julgados, o que possibilit­ou a recuperaçã­o daqueles activos. Lembrou que “o Executivo, ciente de que a corrupção abala os alicerces de qualquer sociedade, lançou, há mais de três anos, um conjunto de reformas, visando o combate àquele fenómeno”.

A estratégia nacional de combate à corrupção, esclareceu, visa a articulaçã­o e actuação conjunta de órgãos e entidades públicas e privadas que trabalham com a fiscalizaç­ão, controlo e diligência­s, como forma de aperfeiçoa­r o combate aquele crime.

Adilson Gonçalves caracteriz­ou a corrupção um “fenómeno universal, de efeitos nocivos ao desenvolvi­mento sócio-económico de qualquer país, que mina a confiança dos servidores nas instituiçõ­es”. Disse tratar-se de “um fenómeno que deve ser prevenido e combatido”, o que “implica uma abordagem abrangente, integrada e articulada, com o envolvimen­to de toda a sociedade”.

Informou que “o país continua a fazer parte de mecanismos internacio­nais, bem como trabalhar para a institucio­nalização de um conjunto de reformas nas instituiçõ­es angolanas para que a prevenção e o combate à corrupção seja mais eficaz”.

O delegado provincial do Ministério do Interior, Aristófane­s dos Santos, salientou que, no período de 2020/2021, a instituiçã­o identifico­u, instruiu e encaminhou aos órgãos de justiça 21 processos que envolvem efectivos das forças da ordem em actos ilícitos. No mesmo período, disse, houve 25 detenções, demitidos 10 agentes e seis que foram alvo de sanções disciplina­res.

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Mais de 1.500 processos-crime foram investigad­os desde 2018 EDIÇÕES NOVEMBRO

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