Novo líder da FNLA é conhecido hoje
para os próximos quatro anos, é conhecido apenas hoje, na sequência do adiamento do acto eleitoral, anteriormente marcado para ontem, no V Congresso Ordinário do partido, que decorre desde sexta-feira, em Luanda.
A decisão foi tomada pela Comissão Preparatória do Congresso, devido ao atraso no cumprimento da agenda de trabalhos de ontem, pois ainda estavam por credenciar 2 por cento dos delegados de Luanda.
A resolução forçou a alteração do programa de actividades e dilatou o prazo da data de encerramento do congresso de hoje para amanhã. O facto criou uma certa tensão no seio dos militantes e delegados presentes no “Complexo 15 de Março”.
Hoje, além da eleição do presidente, há a do Comité Central, cujos membros serão apresentados amanhã, dia em que a figura que vai conduzir os destinos da FNLA nos próximos quatro anos deverá fazer o primeiro pronunciamento. Consta, ainda, do programa a aprovação de documentos pela direcção cessante.
O porta-voz do Congresso disse, ao Jornal de
Angola, que a Comissão Preparatória do conclave “foi forçada a adiar o pleito eleitoral por respeito pelos militantes e delegados eleitos” e para se evitarem “suspeições ou queixas de falhas ou fraudes”.
Segundo Ndonda Nzinga, um dos motivos é a “necessidade de transparência e segurança aos congressistas e simpatizantes, por receio de que o pleito fosse terminar noite adentro”. “Suspeitávamos que a eleição fosse terminar tarde e terminar mal, como em ocasiões em que se registaram situações menos boas”, disse.
Nzinga admitiu que o processo em curso para a unidade e reafirmação da FNLA “é melindroso e sensível”, pois o partido vive um conflito de mais de duas décadas. Defendeu que o processo “deve ser feito de forma cautelosa”.
Concorrem à liderança da FNLA cinco candidatos: Nimi-a-simbi, antigo deputado e vice-presidente na liderança de Ngola Kabangu, Carlito Roberto; antigo deputado e filho do fundador do partido, Holden Roberto; Tristão Ernesto, Pedro Gomes, e Lucas Ngonda, que busca a reeleição.