Bolsas de estudo para raparigas em situação de vulnerabilidade
Pelo menos, 610 bolsas de estudo vão ser atribuídas, em todo o país, entre este ano e 2023, a meninas vulneráveis, para a frequência de cursos nas áreas da Ciência e Tecnologia do Ensino Secundário. As bolsas de estudo fazem parte do Projecto de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia e do Ministério da Educação, com financiamento do BAD e do Governo.
Um total 610 bolsas de estudo vão ser atribuídas, em todo o país, a meninas vulneráveis, para a frequência de cursos das áreas da Ciência e Tecnologia a nível do Ensino Secundário, a partir deste mês a Julho de 2023.
As bolsas fazem parte do Projecto de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (PDCT) e do Ministério da Educação, com financiamento de 90 por cento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e 10% do Governo.
Um nota do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), executora das bolsas, refere que o PDCT contribui para a diversificação da economia através da inovação científica e tecnológica, para produzir conhecimento por meio da identificação de soluções tecnológicas nos problemas empresariais, transferência de tecnologia e inovação que serão apoiadas por um Parque de Ciência e Tecnologia (PCT), a ser construído em Luanda.
Com o PDCT, pretendese, também, minimizar o abandono escolar e contribuir para a emancipação e empoderamento das mulheres angolanas, onde o objectivo é atribuir bolsas de estudo inclusivas, com o valor mensal equivalente a 200 dólares.
Desde Janeiro de 2019, o Ministério da Educação realizou a selecção das meninas vulneráveis e, em Fevereiro do mesmo ano, o PDCT financiou cerca de 250 bolsas nas áreas de Ciência e Tecnologias.
O documento cita, ainda, que o PDCT, desde o início do projecto, em 2019, já cancelou mais 33 bolsas, por incumprimento dos acordos de financiamento e substituiu por outras.
Para atribuição das bolsas, as candidatas devem ter nascido em 2004 ou 2005, frequentar a 11ª classe, em 2021, na área de Ciência, Tecnologia e Inovação, ter média final equivalente a 14 valores na 10ª classe e um rendimento mensal do agregado familiar inferior a quatro salários mínimos nacionais.