São Tomé e Príncipe vai recuperar Hospital colonial
O Primeiro-ministro sãotomense, Jorge Bom Jesus, anunciou que vai iniciar a recuperação do Hospital de Monte Café, “desactivado” há mais de 15 anos, como “solução rápida” para acolher doentes de Covid-19 que aumentam no arquipélago.
O Hospital de Monte Café é uma herança do período colonial e está localizado no distrito de Mézóchi, há cerca de quinze quilómetros da cidade de São Tomé.
“É um património que está praticamente desactivado há mais de uma década e meia”, disse o Primeiro-ministro, anunciando que vai iniciar os trabalhos de recuperação da infra-estrutura nos próximos dias, para encontrar “uma solução rápida, porque os casos de (Covid-19) estão a subir”.
Jorge Bom Jesus disse que “hoje, o Hospital [Central] está a encher e o Governo prepara-se para “reverter esta situação”.
O Primeiro-ministro explicou que o Governo vai começar por recuperar uma parte do antigo Hospital, “para acolher os doentes de Covid-19”, mas ainda este ano vai recuperar toda a infra-estrutura, que vai “contribuir para melhorar o sistema de saúde” de São Tomé e Príncipe.
“É uma estrutura bastante grande, com várias valências”, afirmou o chefe do Governo, assegurando que vai aproveita-lo “para desafogar, nesta primeira parte, o Hospital Central e a própria Delegação de Saúde do distrito de Mé-zóchi”.
Jorge Bom Jesus considerou que a obra “é uma emergência”, para permitir “albergar os doentes com maior dignidade e decência”.
“Nós não podemos ter doentes a dormir no chão e a serem cuidados no chão. Por isso, vamos agir rapidamente e mobilizar sinergias”, afirmou o chefe do Governo.
Para reabilitar o Hospital de Monte Café, Jorge Bom Jesus disse que vai “encontrar recursos ao nível do Orçamento Geral de Estado” e acrescentou que também vai “bater portas aos parceiros, como já é habitual”.
Até iniciar as obras de reabilitação desta infraestrutura, o Primeiroministro avançou que alguns doentes de Covid19 vão ser colocados numa unidade hoteleira do país, onde também já acolheu as primeiras pessoas que ficaram em quarentena quando surgiram os primeiros casos no país.