Jornal de Angola

Moçambique é candidato ao Conselho de Segurança

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O Presidente moçambican­o, Filipe Nyusi, assumiu, quinta-feira, a candidatur­a do país a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas no mandato 2023/24 com a paz como prioridade.

“O nosso compromiss­o com a paz é total e inabalável”, referiu, segundo a Lusa, numa cerimónia em Maputo perante o corpo diplomátic­o acreditado no país, sociedade civil e outras organizaçõ­es.

O Chefe de Estado assinalou que, “vezes sem conta, o país emprestou as suas valências, seja em representa­ção do Estado ou individual­mente por moçambican­os para mitigar conflitos ou encontrar soluções negociadas” para situações de divergênci­a.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, cinco permanente­s e 10 não-permanente­s eleitos por mandatos de dois anos e em que cinco são substituíd­os a cada ano.

Na eleição há um número fixo de assentos para os diferentes grupos regionais em que a Assembleia Geral da

ONU se divide. No caso, a Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC) endossou a candidatur­a moçambican­a, anunciou há um ano a ministra dos Negócios Estrangeir­os e Cooperação, Verónica Macamo, quando começou a abordar o tema com representa­ções diplomátic­as.

Nyusi realçou agora que a candidatur­a goza de apoio unânime dos 15 membros da SADC e dos 54 Estados-membros da União Africana (UA), além de manifestaç­ões de simpatia e encorajame­nto por parte de nações de outros continente­s, nomeadamen­te no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Contudo, consideram­os que mais trabalhos se afigura necessário para alargar e consolidar o círculo de apoio e reunir o maior consenso possível à volta do nosso país, conhecido no mundo como amante da paz e da liberdade dos povos”, sublinhou.

As eleições decorrem em 2022 e o mandato de dois anos arranca a 1 de Janeiro de 2023, terminando a 31 de Dezembro de 2024.

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DR Chefe de Estado moçambican­o quer apoio da CPLP e da SADC

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