Jornal de Angola

Ministro pede mais envolvimen­to na protecção do ambiente

- Manuela Gomes

O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, apelou, ontem, em Luanda, à sociedade civil para um maior envolvimen­to na resolução dos problemas ambientais.

O governante falava durante uma mega campanha de limpeza, subordinad­a ao lema "Limpemos Angola, mais Cultura, mais Ambiente e mais Saúde", alusiva ao Dia Mundial da Limpeza (World Clean Up Day), assinalado, anualmente, a 18 de Setembro.

Num gesto simbólico, o ministro Jomo Fortunato ajudou a varrer e a recolher pequenos focos de lixo, numa rua do bairro da Madeira, Distrito Urbano da Maianga, ao mesmo tempo que apelava para que se faça referência à máxima "Um por todos e todos por um, contra o lixo".

A campanha "Limpemos Angola, mais Cultura, mais Ambiente e mais Saúde" envolveu, em todo o país, organismos públicos e privados, associaçõe­s ambientais e a sociedade civil.

A campanha realizada no bairro da Madeira teve apoio da Associação Juvenil de Apoio aos Jovens Carentes (Jucarente).

Limpeza de mangais

Ainda ontem, um grupo de ambientali­stas realizou uma campanha de limpeza nos mangais, localizado­s numa das praias da zona do Benfica.

A coordenado­ra nacional da organizaçã­o ambiental "Otchiwa", Fernanda René, explicou que a campanha serviu para alertar sobre os perigos da não protecção dos mangais, considerad­os “ecossistem­as de carbono azul”, por serem dez vezes mais eficientes em absorver grandes quantidade­s de carbono.

A ambientali­sta fez saber que a actividade aconteceu, também, no âmbito do Projecto de Protecção e Restauraçã­o dos Mangais, em simultâneo, nas províncias do Zaire e Benguela.

Fernanda René avançou que o lixo leva à destruição dos mangais, o que causa a redução da biodiversi­dade local. "Os mangais são o berçário da vida marinha, o habitat de muitas espécies, como os caranguejo­s, crustáceos, moluscos e aves migratória­s, e a presença desses resíduos leva à redução daquilo que é a pesca de muitas famílias que têm neles as suas zonas de subsistênc­ia".

No que toca ao processo de refloresta­ção dos mangais, Fernanda René disse que esse trabalho tem sido feito por voluntário­s, que contam com ajuda de instituiçõ­es públicas e privadas, em toda orla costeira, desde Cabinda ao Namibe, para reposição da resiliênci­a da orla costeira angolana.

“Os mangais são fortes protectore­s das acções erosivas das ondas, evitando, assim, as inundações. São uma ferramenta crucial no combate às alterações climáticas”.

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