Produção supera o esperado em plataforma reactivada
Presidente da Comissão Executiva da UNEP aponta produção de 3500 barris por dia, onde a expectativa era de menos mil
A Sonangol revelou ter reactivado uma plataforma do Bloco 3/05 encerrada em 2017 em consequência de um acidente grave, recuperando a produção em 3500 barris de petróleo por dia, acima do previsto para a operação.
O presidente da Comissão Executiva da Unidade de Negócio da Exploração e Produção (UNEP) da Sonangol, Ricardo Van-deste, afirmou, no programa radiofónico que a companhia difunde no Canal “A” da RNA, que a operação naquela plataforma deu-se a abrigo ao estratégia de revitalização de campos maduros, com a qual a Sonangol projecta elevar a produção operada.
Segundo Ricardo Van-deste, o Bloco 3/05, com cerca de 3,2 mil milhões de barris de volume inicial e explorado em apenas 40 por cento, é um dos principais activos da UNEP na execução dessa estratégia que consiste na revitalização de campos maduros, aqueles que, apesar de já estarem em declínio, ainda detêm grande potencial de exploração.
“Isso quer dizer que existe uma quantidade considerável de óleo ainda por recuperar. Portanto, o Bloco 3/05 é uma das peças centrais da UNEP nesta estratégia de revitalização de campos maduros, visando aumentar a produção”, disse.
Quando a plataforma foi encerrada, tinha uma produção de cerca de cinco mil barris por dia, com a interrupção da operação a causar “perdas financeiras para a empresa”.
No Bloco 3/05, a UNEP deparou-se com a contingência das perdas e a necessidade de recuperação dos campos maduros, o que tornou imperiosa a reactivação da plataforma, bem como a restituição da produção perdida, disse o presidente da Comissão Executiva.
Segundo o PCE, a reactivação da plataforma permitiu à Sonangol atingir um nível de produção acima do previsto.
“A reactivação foi dividida em duas fases, sendo que a primeira, que previa o arranque de dois poços, tinha uma previsão de cerca de 2500 barris de óleo por dia. Hoje, a plataforma está a produzir com um poço cerca de 3500 barris de óleo por dia”, afirmou Ricardo Van-deste.
O presidente da Comissão Executiva avançou expectativas da conclusão do projecto no final do ano, com a reactivação completa da plataforma, quando se espera um aumento de produção para seis mil barris de petróleo por dia.
Considerando tratar-se de produção de baixo custo de operação. por ser num bloco já operado , os números, segundo Ricardo Van-deste, vão concorrer para o objectivo de aumento da produção operada pela petrolífera nacional no país.
Ricardo Van-deste adianta que, para o aproveitamento optimizado daquele activo, existem outras iniciativas em curso, nomeadamente, restauração ou reactivação de poços ou plataformas fechadas, mas que ainda possuem bastante potencial.
De acordo com o gestor, novas perfurações e a recuperação desta plataforma revelam uma UNEP capaz de contornar as interrupções decorrentes da pandemia da Covid-19.
“Os sistemas que nós temos implementado para travar ou diminuir a propagação da pandemia em ‘offshore’ têm funcionado, permitindo que a UNEP, à semelhança de outras operadoras, aumentasse a produção de forma paulatina em 2021”, declarou o presidente da Comissão Executiva.
Em 2020, notou, as operações petrolíferas foram interrompidas, com realce para a actividade de perfuração ou intervenção de poços, que representa a maior contribuição para o aumento de produção.
Bloco 3/05 é um dos principais activos da UNEP da estratégia de reabilitação de campos maduros projectada para elevar a produção operada